Os bebés e as crianças pequenas estão sempre dependentes do contacto humano, de se lhes falar, da atenção que lhes dá e da ternura com que recebem.
Os amplos processos de aprendizagens que se realizam nesta fase da vida, só podem ser accionados no calor seguro de uma relação harmoniosa entre pais, educadoras e crianças.

Por isso é muito importante:

  • Habituação ao contacto e necessidades de contacto através da proximidade corporal, carícias sempre repetidas de olhar para ela, conversar com ela, bem como a sua integração no mundo das coisas.
  • Educação da audição e da atenção através de sons barulhentos (vozes, campainhas, pandeiretas, etc.) que mais tarde virão em direcções diferentes, com alturas e sequências de sons diferentes. Estimulação da própria produção de ruídos (bater palmas, sons de roca, etc.)
  • Educação da visão e da atenção através de estímulos luminosos e em movimento, através de objectos com formas simples e cores nítidas (bolas, rocas, etc.), para isso é conveniente limitarmo-nos a poucos objectos que mostraremos muitas vezes. Mais tarde poderemos acrescentar outros objectos mais pequenos, bem como imagens simples.
  • Exercícios de movimentos bucais, sucção, lombar, mastigar (mais tarde, quando se dão alimentos sólidos) e igualmente fazer brincadeiras com sopro.
  • Ensinar a apalpar, mexendo em vários objectos com a mão (ao principio será conduzida).
  • Exercícios para a movimentação das mãos, com estimulação para agarrar, dar a mão, bater palmas, dizer adeus, bater à porta, atirar uma bola, fazer construções, chapinhar, atirar com coisas, fazer brincadeiras simples com os dedos, etc.
  • Educação para a movimentação do corpo, levando os movimentos espontâneos a adaptarem-se a um dado ritmo com uma pandeireta cantando; rastejar, rebolar-se, endireitar-se, pôr-se em pé, andar de mão dada. A articulação da criança através dos exercícios de “ginástica” rítmica tem uma importância muito especial.
  • Preparar a capacidade de comunicação da criança chamando-a pelo seu nome próprio, dizendo-lhe palavras ternas, dizendo o nome das pessoas e coisas e falando-lhe incansavelmente durante todas as actividades.
  • Estímulo para fazer ritmos: em conjunto e para cantar sons e melodias. “Ensinar” a criança progressivamente a empregar palavras determinadas para exprimir os seus desejos, ao pedir determinado objecto, repetindo incansavelmente as palavras e tendo as reacções apropriadas.
  • Habituar a criança a pouco e pouco a beber pelo seu copo e a comer com a colher.
  • Habituar a criança a ter um determinado ritmo de vida.
  • Fazer surgir e aprofundar estímulos emocionais, como alegria, confiança, bem-estar, etc. dando à criança possibilidade de fazer experiências, exteriorizando sentimentos, deixando-a participar e aprovando os seus esforços.
  • Tudo o que se faça terá sempre que ser adaptado à maneira de ser da criança.
  • Mostrar à criança como se faz, fazê-la colaborar e estimular a sua participação e iniciativa.
  • Todas as capacidades adquiridas devem ser incansavelmente exercitadas e repetidas. Tudo o que queremos “ensinar” de novo deverá ser incorporado somente através de pequenos passos.
  • Todas as “ordens” que se dão, bem como os estímulos de aprendizagem deverão ser simples, calmos mas enérgicos.
  • É muito importante que a criança conheça e brinque com objectos que há em todas as casas (tigelas, colheres de pau, molas de roupa, botões, papéis, etc.).
  • Além disto são necessários materiais como bolas, argolas para morder, bonecos de pano laváveis, cestinhos, bolsas, livros de imagens e mais da vida de todos os dias.