A comunicação não-verbal exerce fascínio sobre a humanidade desde seus primórdios, pois envolve todas as manifestações de comportamento não expressas por palavras, como os gestos, expressões faciais, orientações do corpo, as posturas, a relação de distância entre os indivíduos e, ainda, organização dos objectos no espaço.

Pode ser observada na pintura, literatura, escultura, entre outras formas de expressão humana. Está presente no nosso dia-a-dia mas, muitas vezes, não temos consciência de sua ocorrência e, nem mesmo, de como acontece.

A comunicação verbal exterioriza o ser social e a não-verbal o ser psicológico, sendo sua principal função a demonstração dos sentimentos. Em geral, é atribuída maior relevância à comunicação verbal expressa pela linguagem falada ou escrita; entretanto, o ‘homo sapiens’ sempre se comunicou mesmo que através de grunhidos e gesticulações.

A comunicação não-verbal, entendida como acções ou processos que têm significado para as pessoas, é classificada por Knapp em: paralinguagem (modalidades da voz), proxémica (uso do espaço pelo homem), tacêsica (linguagem do toque), características físicas (forma e aparência do corpo), factores do meio ambiente (disposição dos objectos no espaço) e cinésica (linguagem do corpo).

Considerando que a capacidade de ouvir e compreender o outro inclui não apenas a fala, mas também as expressões e manifestações corporais como elementos fundamentais no processo de comunicação, a cinésica, ou seja, o estudo da linguagem corporal, assume um papel importante na descodificação das mensagens recebidas durante as interacções profissionais ou pessoais.