Educao de Infancia
Eu sou uma profissional, tento ser justa mas não posso ser conivente. Existem situações com as quais eu não concordo nem nunca vou concordar, independentemente dos “ses”. Em Portugal transita-se uma criança com 9 negativas, ou seja nem numa área ela teve sucesso.
Expliquem-me como é possível? E há muito boa gente que por dificuldades económicas, sociais, fisícas, psicológicas, etc se vê retida com um número de negativas muito inferior. Que justiça é esta? E aqueles alunos que lutam para conseguir um curso superior, que os pais pagam com muito esforço explicações para entrarem no que tanto desejam?
Eu sou Educadora e luto não por direitos iguais mas por igualdade de oportunidades mas não é assim que se obtêm. Eu sei que vai haver muita gente a criticar-me mas é a minha opinião e vale como todas as vossas. Isto não é Educar! O que foi feito durante o ano para que o aluno tivesse melhores resultados? Será que só se lembraram dele no dia da avaliação final?
Enquanto Portugal tiver uma Ministra que seja contra “chumbar” este país não vai ter um futuro nada feliz. Estas crianças que hoje andam pelos bancos da escola, vão ser os nossos Engenheiros, Médicos, Advogados, Cozinheiros, Gestores, terão eles competências para tal?
A Educação é muito mais que um Magalhães, é muito mais que transitar ou não. De que nos serve ter uma uma população feliz com um Diploma na mão, se não está apto para exercer e esta condenada ao desemprego.
Não trabalhem para estatísticas, trabalhem para a realidade. Sejam exigentes porque isso não traumatiza nenhum aluno. A vida vai ser muito mais exigente com eles e não vai estar preocupada com os possíveis traumas.
Os professores têm medo de não transitar um aluno e transformam a Educação num facilitismo tal, que só prejudicam os alunos que nada aprendem nem o respeito por que tenta (mesmo em condições muitas vezes miseráveis) ENSINAR.
Ensinar e Aprender não são notas/avaliações, são esforços de professores e alunos, são vivências, são trocas, são partilhas, são uma infinidade de acontecimentos que os políticos não entendem.
São as pessoas que fazem a Educação e isso faz-se no terreno, não é só no papel, por pessoas que sabem muito pouco sobre Educação e têm pouco mais que a experiência pessoal ou a ideia remota do que foi a sua vida escolar. E são estas pessoas que decidem os destinos da Educação e os “disparates” que por cá se fazem. É no mínimo triste!
Para ver as notícias a que me refiro, na integra, pode encontra-las aqui e aqui.
Problemática, varia tendo em conta vários aspectos:
Factores que acontecem em todas as sociedades;
Como actividade que é um processo, uma construção;
Poderá ser consequência desse actividade e sendo assim, o seu resultado/efeito;
Também é relação porque permite estabelecer uma ponte permissiva;
Actuação do educador em relação ao educando;
Qualidade de qualquer pessoa que foi educada;
Pode chamar-se também, ao sistema escolar de um país;
Nível de instrução de um povo;
Comportamento segundo certas normas de cidadania;
Transmissão cultural numa sociedade.
Há diferentes dimensões relacionadas com o termo educação e que se prendem com uma dimensão pessoal, social, económica, política, artística, etc.
Cabanas, baseia-se no conceito essencial contestável, (vê a educação como um conceito contestável).
1. tipo valorativo;
2. tem um carácter complexo;
3. varia se as circunstâncias variarem;
4. acredita-se que a discussão do conceito o clarifica;
5. quem o utiliza sabe que existem outras acepções sobre o mesmo.
# Na disciplina de pedagogia:
A educação é um processo, um conjunto de actos educativos dos quais o ser humano consegue atingir níveis superiores da sua existência.
Acreditamos que a educação é uma realidade enti-nómica. (quer dizer que possui pequenas/grandes questões que revelam algumas contradições que as pessoas podem discutir. Exemplo disso, são as questões das posições das famílias permissivas).
” A educação é um acto de amor, por isso, um acto de coragem. Não pode temer o debate. A análise da realidade. Não pode fugir a discussão criadores, sob pena de ser uma farsa. Como aprender a discutir e a debater com uma educação que se impõe?”
Paulo Freire (Educação como prática da liberdade)
(Forma de informar são duas autonomias diferentes)
“A educação tem como finalidade desenvolver no indivíduo toda a perfeição de que este é capaz.”
E. Kant
(atitude preceptora/empreendedora)
“A educação tem sobretudo como objectivo desenvolver a capacidade para as transformações e a adaptação a situações novas.”
Gaston Mialaret
(criatividade, altitude que os alunos têm perante algumas situações)
O aluno deve ser receptor, mas também ser algo mais do que isso, pode ser ideias. Sócrates deixava os seus alunos falar e só depois é que falava e comentava.
Mialaret
Pedagogia, escolhe, explica as acções educativas, o seu objectivo de estudo é uma reflexão sobre a prática para melhorar as práticas.
Investiga, reflecte sobre as finalidades da educação =/= das finalidades educativas
Para explicitar objectivos é propor meios de intervenção meios metodológicos, de organização, assim incidem diferentes pontos:
No aluno;
No papel de educador/professor;
Nos conhecimentos (sabores);
Nos contextos.
ORIENTAÇÕES CURRÍCULARES:
Conjunto de princípios que apoiam o educador nas decisões, em relação às práticas lectivas, de modo que conduza com sucesso todo o processo de ensino – aprendizagem. Não é considerado programa porque não tem um carácter obrigatório vinculativo e também porque a sua situação está mais centrada em indicações do que em propriamente em provisão de resultados a obter.
PRESUPOSTOS DAS ORIENTAÇÕES CURRICULARES:
Desenvolvimento e aprendizagem são factores que não se separam;
Reconhecer a criança como sujeito do processo educativo, (partir sempre dos seus saberes, para acrescentar algo mais, outras aprendizagens);
A construção articulada do saber;
Pedagogia diferenciada, (tem a ver com o facto de cada sujeito ser único e diferente).
( Cap. V e VI – didáctica e educ. infantil)
RESUMO DOS OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS DA LEI-QUADRO:
Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança;
Fomentar a inserção da criança em grupos sociais, respeitando uma pluralidade da culturas;
Contribuir para a igualdade de oportunidade e sucesso na aprendizagem;
Estimular o desenvolvimento global da criança, respeitando as suas características individuais;
Desenvolver a expressão e comunicação através de linguagens múltiplas;
Despertar a curiosidade e o pensamento crítico;
Proporcionar bem estar e a segurança;
Despistar inadaptações, deficiências ou precocidades;
Incentivar a participação da família e colaboração da comunidade no processo educativo.
ORIENTAÇÕES CURRICULARES:
Introdução à matemática
Conhecimento do mundo
Expressões
Desenvolvimento pessoal e social
O MÉTODO CIENTÍFICO É BASTANTE IMPORTANTE NAS ORIENTAÇÕES CURRICULARES:
Planificação:
- estruturar
- organizar
– orientar para fins, para determinados propósitos, é também construir uma previsão do processo a seguir.
Segundo Clarcke e Peterson:
Definem a planificação segundo um conjunto de processos psicológicos segundo o qual a pessoa visualiza o futuro, faz um inventário de fins e meios a construir um marco de referência que guie as suas acções.
O que é o currículo?
O currículo é o projeto que determina os objetivos da educação escolar e propõe um plano de ação adequado para a consecução de ditos objetivos. Supõe selecionar, de tudo aquilo que é possível ensinar, o que vai se ensinar num entorno educativo concreto. O currículo especifica o que, como e quando ensinar e o que como e quando avaliar.
O currículo que estabelecem as administrações públicas é aberto, flexível e geral, de maneira que é cada centro que adapta essas bases a seu entorno particular.
Para compreender o termo adaptações curriculares é necessário ter umas breves noções dos aspectos básicos do currículo.
Na Espanha, o governo central, quer dizer, o Ministério de Educação, estabelece os ensinos mínimos que se deve ter em conta em todos os centros da Espanha. Em função destes ensinos mínimos, cada uma das
Administrações Educativas competentes, quer dizer, os governos das diferentes Comunidades Autônomas, adaptam esses ensinos gerais, em função de suas necessidades e de sua população. Uma vez que as juntas de educação das diferentes comunidades estabelecem seus currículos, é cada centro o que, em função de suas características concretas, adapta esta normativa, estabelecendo o currículo de seu centro.
Continuando, é o professor o que realiza seu currículo, para seu grupo concreto. Uma vez que o professor desenhou sua programação trimestre ou anual, e se encontra com alunos com necessidades educativas especiais em seu grupo, é quando tem que fazer uma adaptação curricular para esse aluno concreto.
Função e objectivos da educação:
Cabe à escola estabelecer o direito à educação, direito à individualidade, a criança é vista como sujeito diferente e único. O direito a uma educação cultura, direito a desenvolver-se a vários níveis (nível relacional, afectivo, social, intelectual, etc.), desenvolver a autonomia, com espírito crítico e livre, etc.
É necessária uma intervenção de nós educadores, em relação aos educandos de modo a colocar condições optimizadas em relação aos momentos de evolução da criança. (Piaget).
A escola tem aspectos que influem nesse desenvolvimento
Possui recursos ;
Possui o currículo e possui uma concepção pedagógica.