Educao de Infancia


Alfabeto feito pelas crianças

Set 8, 2010 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Estimulação à leitura e à escrita

Em vez de sermos nós a fazer os alfabetos que temos muitas vezes na nossa sala, porque não serem as crianças a fazerem o alfabeto decorativo da sala?

Necessitamos de revistas e jornais, sem esquecer das folhas de cor.

Pede-se à criança que corte e cole as letras nas folhas e temos um lindo alfabeto.

As folhas podem ser maiores e as letras também.

Frutos

Jul 8, 2010 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Estimulação à leitura e à escrita

Frutos

Pêssegos, pêras, laranjas,

morangos, cerejas, figos,

maçãs, melão, melancia,

ó música de meus sentidos,

pura delícia da língua;

deixai-me agora falar do fruto que me fascina,

pelo sabor, pela cor,

pelo aroma das sílabas: tangerina, tangerina.

Eugénio de Andrade

Um fantocheiro reciclado

Abr 8, 2010 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Estimulação à leitura e à escrita, Expressão plástica

Com restos de cartolinas e rolos de papel higiénicos podemos fazer este lindo fantocheiro em forma de castelo. Uma partilha da colega Fernanda Pedroso.

Multiculturalidade

Abr 6, 2010 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Estimulação à leitura e à escrita

Conheço crianças

de pele branquinha

os olhos azuis

cabelos loirinhos

mas existem outras

mas existem outras

mas existem outras

que são diferentes

conheço crianças

de pele escurinha

os olhos castanhos

e caracolinhos

mas existem outras

mas existem outras

mas existem outras

que são diferentes

Conheço crianças

de pele amarela

os olhos rasgados

cabelos sedosos

mas existem outras

mas existem outras

mas existem outras

que são diferentes

Conheço crianças

de pele vermelha

os olhos de amêndoa

cabelo entrançado

mas existem outras

mas existem outras

mas existem outras

que são diferentes

É a mesma coisa

é a mesma coisa

são todas iguais

são todas iguais.

Uma partilha da colega Luísa Vieira.

Num país distante viviam três homens sábios que estudavam as estrelas e o céu. Um dia viram uma nova estrela muito mais brilhante que as restantes, e souberam que algo especial tinha acontecido.
Perceberam que nascera um novo rei e foram até ele.

Os três reis magos, Gaspar, Melchior e Baltazar, levavam presentes, e seguiam a estrela que os guiava até que chegaram à cidade de Jerusalém. Aí perguntaram pelo Rei dos Judeus, pois tinham visto a estrela no céu.
Quando o rei Herodes soube que estrangeiros procuravam a criança, ficou zangado e com medo. Os romanos tinham-no feito rei a ele, e agora diziam-lhe que outro rei, mais poderoso, tinha nascido?

Então, Herodes reuniu-se com os três reis magos e pediu-lhe para lhe dizerem quando encontrassem essa criança, para ele também a ir adorar.

Os reis magos concordaram e partiram, seguindo de novo a estrela, até que ela parou e eles souberam que o Rei estava ali.

Ao verem Jesus, ajoelharam e ofereceram-lhe o que tinham trazido: ouro, incenso e mirra. A seguir partiram.
À noite, quando pararam para dormir, os três reis magos tiveram um sonho. Apareceu-lhe um anjo que os avisou que o rei Herodes planeava matar Jesus.
De manhã, carregaram os camelos e já não foram até Jerusalém: regressaram à sua terra por outro caminho.

José também teve um sonho. Um anjo disse-lhe que Jesus corria perigo e que ele devia levar Maria e a criança para o Egipto, onde estariam em segurança. José acordou Maria, prepararam tudo e partiram ainda de noite.

Quando Herodes soube que fora enganado pelos reis magos, ficou furioso. Tinha medo que este novo rei lhe tomasse o trono. Então, ordenou aos soldados para irem a Belém e matarem todos os meninos com menos de dois anos. Eles assim fizeram.

As pessoas não gostavam de Herodes, e ficaram a odiá-lo ainda mais.

Maria e José chegaram bem ao Egipto, onde viveram sem problemas.Então, tempos depois, José teve outro sonho: um anjo disse-lhe que Herodes morrera e que agora era altura de regressar com a família a Nazaré à sua casa.

Depois da longa viagem de regresso, eles chegaram enfim ao seu lar.

Uma adivinha para ti

Dez 12, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Estimulação à leitura e à escrita

adivinhas

Somos duas irmãs gémeas,

despidas mas enfeitadas,

nunca nos podemos ver

e nunca andamos zangadas.

(orelhas com brincos)

Na Primavera , ouvem-se cantar os passarinhos em todo o lado.
Pássaros – Piu, piu, piu: casemos e teremos lindos filhinhos.
Nos, não ouvimos as flores, certamente porque não temos o ouvido bastante apurado.
Mas, elas querem casar para ter, não ovos como as aves, mas sementes de onde sairão as novas plantas.
Lúcia – Um casamento de flores deve ser bem bonito!
Sonha Lúcia, que já vê uma centáurea azul desposando uma rosa e todo o cortejo dos amigos ricamente vestidos.
Ela vê o cravo com a papoila, a campainha com a margarida, o miosótis com o malmequer, o lilás com a tulipa.
No entanto, as coisas não se passam bem assim; os noivados das flores são muito secretos. É no interior da flor que eles se preparam e se realizam.
Somente as abelhas, as vespas e as moscas sabem do segredo. E as borboletas também!
Lúcia – Vamos lá, peludo jovem zangão, tu sabes como se casam as flores?
Zangão – Sim e sinto-me ainda surpreendido: esta manhã, vinha eu valsando por cima do grande lírio que se ergue perto das roseiras encarnadas e ouço vozes que saem do meio das pétalas.
Flores – Sim, sim, casemo-nos!
Dizem os estames e os pistilos.
O pistilo é aquela espécie de garrafa bojuda que parece ter um longo gargalo e uma pequena rolha verde.
Os estames estão em volta do pistilo, debruçados do alto do longo pecíolo, olhando para ele.
Pistilo – Tenho dentro do meu ventre pequenas bolinhas verde pálido, semelhantes a pequenos ovos, que virão a ser sementes.
Estames – Nós temos nos nossos pequenos sacos um pó dourado, o pólen.
É com o pólen que sujamos o nariz das crianças que vêm cheirar os lírios!
Pistilo – O vosso pólen não serve para nada se vocês o guardarem nos vossos sacos.
Estames – E as vossas pequenas sementes? Julgas tu que elas dão plantas se nós não nos juntarmos?
Pistilo e estames – É preciso casarmo-nos! Mas como fazemos, se nos encontramos presos?
Vento – Eu ajudo-vos.
E põe-se a balançar o grande lírio.
Estames – Obrigado, nós abriremos os nossos pequenos sacos.
O pó dourado, então espalhou-se sobre a boca do pistilo que é pegajosa e o pólen cola-se e introduz-se suavemente pelo gargalo da pequena garrafa.
Cada partícula amarela toca uma semente.
Lúcia – Agora, estas ementes só têm que amadurecer. Elas têm dentro de si o gérmen duma pequena planta.
Mas, diz-me peludo, e quando não há vento?
Zangão – Ah! Olha que ainda não acabei a minha história. Já vais ver: eu parto para outras flores…
Flores – Não há vento! Como vamos fazer para tocar os pistilos?
Moscas, vespas e abelhas – Nós ajudaremos!
Zangão – Juntei-me a eles e cada insecto escolheu uma flor. Penetro dentro de uma campânula azul, esfrego-me contra o pólen e encho com ele a minha ligeira penugem e ao sacudir-me no centro da flor, deposito o pólen sobre o pistilo. Todos os insectos fazem a mesma coisa.
Depois, atordoados, moscas, moscardos e zangãos vão de planta em planta, de jardim em jardim recolher o pólen.
Se bem que são por vezes os estames duma flor longínqua que levam o seu pólen a um pistilo afastado.
Isto faz combinações maravilhosas e pode ser que plantas muito mais belas venham a nascer destes casamentos inesperados.
É meio dia, o sol dilata o coração das rosas, dos lírios e das outras flores, o jardim enche-se de perfumes e de zumbidos.
Ouve, pequena Lúcia, dir-se-ia que são as flores que murmuram e que trauteiam alegremente:
Flores – Sim, casemo-nos!


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