Educao de Infancia
Era uma castanha que estava como as outras, pendurada de um castanheiro.
Chegando o tempo, as castanhas amadurecem e caem por si. Só que esta não caiu.
– Estou bem onde estou e não quero aventuras – dizia.
Uma a uma, as outras dos ramos iam caindo e rebolando pelo chão, protegidas pelo cobertor ouriçado que as cobria até ao nariz. Nariz é modo de dizer…
Vinham os garotos, estalavam-lhe os ouriços e metiam-nos nos bolsos.
A tímida e teimosa castanha desta história a tudo assistia do seu mirante e não gostava.
– A mim não me levam eles – dizia.
Era a única que sobrava em todo o castanheiro. As folhas a fugirem da árvore, sopradas pelo vento, e ela a afincar-se ao ramo, com unhas e dentes.
Unhas e dentes é um modo de dizer…
Sozinha, desabrigada, não estava feliz. Nem infeliz. Sentia até uma ponta de orgulho por ter conseguido resistir tanto tempo. Um sabor de vitória que a ouriçou toda.
– Ai que vou cair – gritou.
Mas, no último instante, conseguiu agarrar-se. Ainda não era daquela.
Entardecia. Um grupo de gente acendera uma fogueira, junto ao castanheiro. Os garotos, que tinham andado às castanhas, e os pais dos garotos e os amigos dos garotos riam e cantavam. Estavam a preparar o magusto da noite de São Martinho.
A castanha solitária, no alto do castanheiro nu, estranhou a vizinhança. E intrigou-se.
Que estaria a passar-se.
Debruçou-se do ramo mais e mais. A madeira a arder estalava, mesmo por baixo da castanha, a última. O fumo entontecia-a. E se fosse ver de perto o que se passava?
Foi. Caiu. E a história acaba aqui. Paciência. É o destino das castanhas. Destino é um modo de dizer…
Hoje deixo-vos uma história de António Torrado, para contarem aos vossos pequeninos e uma imagem para utilizarem com a técnica que melhor se adeque aos materiais existentes na vossa sala ou no meio envolvente.
Workshop Ilustração e Leitura Infantil
DESTINATÁRIOS ;
Psicólogos, Professores, Educadores de Infância, Psicopedagogos, Finalistas do Mestrado integrado de Psicologia.
OBJECTIVOS ;
Valorizar a literatura infantil e o seu enquadramento nos diferentes níveis etários.
Conhecer a intencionalidade e valor da ilustração e desenvolver técnicas para a mediação da leitura em diferentes fases do desenvolvimento.
Desenvolver práticas alternativas de associação entre domínios cognitivos e produção de materiais lúdicos.
PROGRAMA ;
A literatura e o desenvolvimento infantil.
Desenvolvimento cognitivo, estético e sócio-afectivo.
A interpretação de vários olhares sobre a estética da literatura e da ilustração infantil.
A importância fundamental da mediação.
METODOLOGIAS ;
Exposição de conteúdos, discussão de casos práticos e role-playings,
DURAÇÃO : 30 Horas
FORMADOR
Dr.ª Isabel Andrea (Psicóloga Educacional, Especialista em Expressões Lúdicas e Artísticas)
A sessão decorrerá das 9h30 às 13h00 e das 14h00 às 17h30, no dia 15 de Novembro.
CERTIFICADO
Os formandos terão acesso a um certificado de Workshop em Ilustração e Literatura Infantil, desde que frequentem, pelo menos, 1 sessão de formação (90%), uma vez que se trata de formação presencial.
INSCRIÇÕES
NÚMERO MÁXIMO DE FORMANDOS: 20
PROFISSIONAIS: 50€
FINALISTAS: 40€
LOCAL ; Lisboa (ISPA)
Poderá realizar a sua inscrição pelo correio enviando ficha de inscrição, cópia do BI, cópia do certificado de habilitações e os cheques à ordem de ISPA-CRL ou directamente no balcão dos serviços académicos.
Em caso de desistência, só haverá lugar a reembolso quando for comunicada até 8 de Novembro de 2008 (inclusive).
Para mais informação:
www.ispa.pt/ISPA/vPT/DFP/ProximasAccoes/Detalhe/?id=2&cursoid=805
Hoje é o Dia Mundial dos Correios, e é uma óptima oportunidade para explorar competências a vários níveis.
Será que os vossos meninos, já foram aos Correios? Já viram um selo e um envelope?
Será que sabem quem entrega o correio? Sabem que nome tem essa profissão?
Sabem onde se coloca o correio? E que é necessário colocar uma morada e um destinatário para a carta chegar ao seu destino?
Há muito para explorar, isto são apenas algumas ideias.
Deixo também algumas imagens de apoio ao tema.
Para sugestões/dúvidas/partilhas, utilize o e-mail : estrelinhas@educaçãodeinfancia.com .
Boas práticas!!!
LOCAL: Lendas e Calendas
R. Qta do Conde n.º 52 B Lj – 2855-083 CORROIOS
Contactos: Andreia Jardim – 968063318 – a.jardim@iol.pt – Sandra Cerejo – 917257300
www.lendasecalendas.com
CICLO EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO
1 de Novembro de 2008 – Sábado – 9h – 13h
Educação Estética e Expressão Plástica na Creche e Jardim de infância
Público Alvo: Auxiliares de Educação, Estudantes
Conteúdos:
– A Evolução do Grafismo infantil – dos 18 meses aos 10 anos
– A Etapas de Desenvolvimento segundo vários autores
– As técnicas fundamentais: Desenho, Pintura e Modelação – Vamos conhecer como se pode explorar cada uma destas técnicas.
– Espaços e Materiais
Atenção: Não se trata de uma sessão prática, mas sim de uma sessão teórica (com algumas ideias) para “pôr em prática” respeitando a Expressão da Criança
Formadora: Maria Teresa de Matos
Custo: 10 Euros Número mínimo – 15 participantes Número máximo – 30 participantes
Certificado de participação entregue no final da sessão de Formação
Nota:
Maria Teresa de Matos – Educadora de Infância – EMPL/ESE de Lisboa, Licenciatura e Mestrado em Ciências da Educação – FPCE- Lisboa
Formadora Reconhecida pelo – SNCP – Sistema Nacional de Certificação Profissional nº EDF 3288/98 DL
Formadora Reconhecida pelo Conselho Científico – Pedagógico de Formação Continua – Certificado de Registo de Formador nº CCPFC-03224/97
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Pré Inscrição (pode fotocopiar este documento e enviar por correio ou por email para a.jardim@iol.pt até dia 20 de Outubro para confirmar a sua presença )
Nome:……………………………………………………………………………………………………………
Morada………………………………………………………………………………………………………….
Telefone……………………Telemovel……………………………..Email…………………………………
Profissão……………………………………Local de Trabalho…………………………………………….
Se é estudante, Escola que Frequenta…………………………………………………………………….
Para saber mais sobre este novo espaço, local, contactos e eventos visite: www.lendasecalendas.com
Normalmente as crianças adoram puzzles, e se construídos por eles, deliram.
Estes dois puzzles, depois de imprimidos, pintados por eles e recortados (com o sem ajuda dependendo da idade) vão agradar a todos.
Podemos optar por colocar cartolina na parte de trás dos puzzles ou plastificar para que não se estraguem tão facilmente.
Morder…
Uma coisa muito comum nas Creches – mas que costuma provocar muita preocupação nos pais – são as mordidelas. Principalmente no período de adaptação, em que, além da maioria das crianças estar a viver a sua primeira experiência social extra-familiar, os grupos estão em fase de formação, de “primeiras impressões”, ou em situações de entrada de crianças novas para a sala, as mordidas quase sempre fazem parte da rotina diária das crianças. Não é fácil lidar com esta situação, tanto para os pais (é muito doloroso receber o filho com marcas de mordida!) , quanto para nós, Educadores (que nos sentimos impotentes, na maioria das vezes, sem conseguir impedir que elas aconteçam).
É importante pensarmos sobre este tema; Por que é que as crianças pequenas se mordem umas às outras e às vezes até a si mesmas? Expressão de agressividade? Violência? Stress? Sentimento de abandono?
As crianças pequenas geralmente mordem para conhecer. Para elas, tudo o que as cerca é objecto de interesse e alvo de curiosidade, inclusive as sensações. O conceito de dor, por exemplo, é algo que vai sendo construído a partir das suas vivências pessoais e principalmente sociais, e não é algo dado á priori.
Mordendo o outro, a criança experimenta e investiga elementos físicos, como a sua textura (as pessoas são duras? São moles? Rasgam? Partem?), a sua consistência, o seu gosto, o seu cheiro; elementos “sexuais” (no sentido mais amplo da palavra), na medida em que morder proporciona alívio para as suas necessidades orais (nelas, a libido está basicamente colocada na boca) e ainda investiga elementos de ordem social, isto é, que efeitos esta acção provoca no meio (o choro, o medo ou qualquer outra reacção do amiguinho, a reprovação do Educador, etc).
É claro que, vencida esta primeira etapa de investigação, algumas crianças podem persistir em morder, seja para confirmar as suas descobertas ou para “testar” o meio ambiente (disputa de poder, questionamentos de autoridade, etc). Ou ainda, pode ser uma tentativa de defesa: ela facilmente descobre que morder é uma atitude drástica. Raramente a mordida é um acto de agressividade, e muito menos de violência, a não ser que estejam a viver alguma situação de intenso stress emocional em que todos os demais recursos estejam esgotados.
Com o passar do tempo de trabalho em grupo, o Educador tem a possibilidade de planear as suas acções e estratégias no sentido de fazer com que as crianças possam reflectir, sobre esta questão.
Artigo da Psicopedagoga Claudia Sousa
Tenho camisa e casaco
Sem remendo nem buraco
Estoiro como um foguete
Se alguém no lume me mete.
Qual é coisa qual é ela?
Tem trêscapas de Inverno
A primeira mete medo;
A segunda é lustrosa;
A terceira é amargosa.
Tem casca bem guardada
Ninguém lhe pode mexer.
Sozinha ou acompanhada
Em Novembro no vem ver.
Solução: castanha.