Educao de Infancia

Creche


Os Sentimentos em Creche

Nov 13, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Creche

As mães, referindo-se ao período de integração do bebé na creche, falam dos seus sentimentos, de tristeza, de estranheza quando dizem: “vou sentir falta do meu filho”, “vou ter pena de o deixar a pessoas estranhas” ou “já sinto falta do meu trabalho”. Manifestam receio de não serem aceites no seu estilo de cuidar o bebé quando referem por exemplo “tenho vergonha desta chucha, é a única que ele gosta.”

Referindo-se ao bebé, dizem as mães, que vai sentir estranheza relativamente ao espaço e às pessoas, à forma como vai ser cuidado, à individualização de tratamento: “não vai dormir”; “vai sentir a falta do peito”; “vai precisar de colo para não chorar”; “ vai estranhar o barulho”.

As educadoras, pelo seu lado, referem-se a sentimentos de estranheza, receio de não serem capazes de descodificar correctamente os sinais do bebé que não conhecem; de frustração.

Durante o período de integração na creche poderão surgir, na criança, sentimentos de abandono, dando lugar à ansiedade ou insegurança.

Na creche, é observável que a raiva dirigida contra a pessoa ausente se manifesta muitas vezes quando a mãe vem buscar a criança. Ela tem um comportamento marcadamente ambivalente: se por um lado parece ignorar deliberadamente a presença da mãe, por outro pede-lhe o seu apoio e conforto, chorando e agarrando-se a ela. Esta situação não é bem entendida pela mãe criando sentimentos confusos, aumentando a culpabilização ou ansiedade que nutre por deixar as crianças ao cuidado da creche. Saber que a creche é factor de desenvolvimento para o filho pode compensá-la e de certa forma desculpabilizá-la.

Todos estes sentimentos a par de outros, como o do apego em construção e o do apreço levam, necessariamente, a que se instalem na mãe, na criança e na educadora, sentimentos ambivalentes.

A compreensão destes sentimentos, bem como dos diferentes papéis que implicam especificidade de funções, pode devolver à mãe (e ao bebé) a confiança necessária para ultrapassar com mais tranquilidade esta fase.

O que é a Creche?

Nov 12, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Creche

Entende-se a creche, como um sistema permanente de relações educativas de comunicação, socialização e individualização com a responsabilidade de protecção da saúde física e mental das crianças. Um ambiente criado para dar continuidade de cuidados prestados pela família à criança, favorecendo, entre outras, a satisfação das necessidades emocionais básicas de intimidade, de atenção, de aceitação, de desenvolvimento da auto-estima, de descoberta e formação do eu em relação com o outro.

Os Bébés em Berçario e Creche – O Papel do Educador

Set 21, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Berçario, Creche

Quando os bebés nascem, captam pouco do mundo que os rodeia e compreendem ainda menos. Como os seus sentidos não estão focalizados, eles olham sem perceber o que vêem e ouvem sem entender o que significa o som.
Nas primeiras semanas de vida, nem sequer se apercebem de que estão separados do mundo à sua volta. Não sabem controlar nem o corpo nem o mundo.
Antes de um bebé saber descobrir o seu mundo, precisa de saber onde termina o seu corpo e começa o resto do mundo. Para isso, tem de perceber primeiro o que pode fazer para que as coisas aconteçam, o que seria mais fácil se pudesse controlar o que o seu corpo faz.
Todavia quando o bebé nasce, já possui um conjunto de reflexos que demonstram o seu instinto natural de sobrevivência. Todos estes reflexos desaparecem por volta dos três meses, pois caso contrário, o seu desenvolvimento ficaria comprometido e as novas capacidades não poderiam surgir.
A melhor forma de ajudar e encorajar o desenvolvimento do bebé é através dos sentidos – visão, audição, tacto, olfacto e paladar – porque estes são os meios que utilizará para explorar o mundo antes de se poder movimentar nele sozinho.
Durante os primeiros meses, os bebés pouco mais fazem do que dormir e comer, mas de vez em quando começam a surgir traças da sua personalidade.
Entre os dois e os três meses, o bebé já é capaz de fazer mais coisas e está cada vez mais interessado pelo mundo. A criança bate nos objectos, leva a mão à boca e agarra um brinquedo. Em breve, o bebé percebe que é ele próprio a fazer o barulho com a boca.
Entre os três e os seis meses, o bebé segura no brinquedo e explora-o com as mãos e a boca. Bater e atirar brinquedos parece ser uma resposta universal.
Entre os seis e os nove meses um dos feitos mais importantes dos bebés é conseguir mudar de posição. Conseguem rolar em ambas direcções, sentar-se sem ajuda, sentar-se e virar (sem cair), passar da posição de bruços para a posição de sentado e por fim levantar-se.
Durante estes meses, os bebés dão enormes passos cognitivos à medida que se apercebem do mundo que os rodeia. Entre os nove e doze meses, os bebés parecem estar sempre em movimento.
Os brinquedos de empurrar e puxar são também úteis pois dão à criança algo a que se pode agarrar, dando apoio.

Os bebés estão assim a aprender habilidades novas e a conseguir mover-se e a tentar descobrir como é que as coisas funcionam através de exploração.

É função do Educador de Infância, planificar e criar todas as condições necessárias para estimular o desenvolvimento dos bebés, nunca esquecendo que cada bebé tem o seu próprio ritmo.

Os primeiros anos são fundamentais para a formação da personalidade do bebé. Será papel do educador ajudá-lo a seguir em frente e caminhar com ele na apaixonante aventura de crescer.
Qualquer bebé transforma um objecto – por mais estranho que pareça – num brinquedo.

Fonte: Programação e planificação na creche 0-1 ano: Bola de Neve

Momentos da Rotina em Creche

Set 15, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Creche

08:30 h – 09:30 h – Acolhimento
09:40 h – 10:30 h – Momento de Tapete
10:30 h – 11:00 h – Momento de Actividades Direccionadas / Exploração Livre
10:40 h – 11:20 h – Momento de Exterior
11:20 h – 11:45 h – Higiene (lavar as mãos)
11:45 h – 12:30 h – Almoço
12:30 h – 13:00 h – Higiene (lavar as mãos e mudar a fralda)
13:00 h – 15:40 h – Repouso
15:40 h – 16:00 h – Preparação para o Lanche
16:00 h – 16:30 h – Lanche
16:30 h – 16:40 h – Higiene (lavar as mãos e mudas a fralda)
16:40 h – Exploração Livre / Saída

Esta “rotina” foi uma partilha da Inês Gonçalves para que as colegas consigam elaborar uma adaptada à vossa realidade. Esta é apenas um exemplo.

Este Quadro das Presenças é muito simples ideal para os Educadores que têm crianças até aos 2 anos, ou seja para aqueles que trabalham em Creche, contudo os meninos de Jardim de Infância também o podem usar.

As crianças todos os dias colocam as suas fotografias em “Casa” ou na “Creche”.

Esta foi uma partilha da colega Susana Fidalgo. Muito Obrigada Susana.

Livros para as Educadores que trabalham em Creche

Ago 16, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Creche

” Centros de Interesse na Creche ” ( 0-1 ano, 1-2 anos e 2-3 anos);

” Aprendizagem activa na creche”

Manual de creche eficiente

Crianças familias e creches, gabriela portugal, Porto editora

Guia da Criança , Proteste.

Manual de Cuidadoras de crianças em creches, maternais e pré-escolas.

Os primeiros anos do seu filho, Civilizaçã.

Aprender cedo, Editorial Estampaposta.
” Desabrochar dos 0- 2 anos”,
” Um novo olhar sobre as rotinas”,
” Grelhas de Observação/ Avaliação”,
” actividades ludicas de estimulação de bebés”,
” Como organizar e equipar um ambiente educativo em creche”
” Programação e planificação na creche : 0-1 anos ( brinquedos) ; 1-2 anos ( Eu e o Mundo) ; 2-3 anos ( Animais);
” Grelha de avaliação diagnostica na creche” Todos da Editora Bola de Neve.

A Enciclopédia ” Lua cheia ” da Editora Mundicultura.
A Enciclopédia “Vamos brincar” da Marina Editores.

Uma partilha da colega Patricia F. Obrigada Patricia.

Desenvolvimento Psicomotor em Creche

Mai 12, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Berçario, Creche, Expressão motora

Objectivos:


Maior autonomia física
Aquisição da marcha, correr, subir, descer, saltar, vestir, despir
Aquisição de maior controlo e coordenação motora
Conhecimento dos espaços, permitindo para isso uma exploração activa dos objectos
Estimular a percepção auditiva, táctil, visual, gustativa e olfactiva
Conhecimento do seu esquema corporal de forma a saber nomear as várias partes do corpo
Boa preensão do lápis, colheres, etc.

Estratégias:
Andar de cavalinho, triciclo
Fazer brincadeiras livres
Fazer modelagem (massa), desenho, rasgagem
Imitar os animais a andar

Fazer comboios e rodas

Fazer jogos de movimento
Fazer jogos de encaixe
Deixar a criança comer sozinha
Dar revistas e livros à criança para manusear
Colocar um espaço com material (obstáculos) que a criança possa transpor de diversas formas: escorrega, mesas, cadeiras, almofadas…


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