Educao de Infancia
Os nossos meninos não são os de antes…
Trocaram os brinquedos de madeira pelos sofisticados
brinquedos de luz e som, que só com o simples toque numa
tecla fazem aparecer o mundo fantástico da electrónica.
As educadoras não as de antes…
Fotocopiam, ampliam, colam papéis de texturas maravilhosas,
e reconstroem pegadas de animais pré-históricos só com o
simples acto de misturar água e gesso…
Mas há coisas que não mudam, que o tempo e os anos
respeitam… O olhar de uma criança de mão dada com o/a
seu/sua educador(a) e o contacto silencioso, caloroso,
são sinais entranhados de um código único,
de um sentimento profundo de amizade.
Uma criança e o/a seu/sua educador(a)…são capazes de tudo.
Podem passar horas juntos escutando cantigas, resolvendo
problemas com caricas e pauzinhos ou simplesmente a brincar
com a imaginação. Podem fazer as maiores invenções e tentar
salvar o mundo plantando uma árvore.
Não são as crianças de antes…
As educadoras e os educadores não são os de antes…
O mundo não é o de antes..
Mas há coisas que não mudam, a capacidade de
desumbramento, a força da natureza, o olhar de uma
criança e o carinho de um(a) educador(a)
que se entrega se condições, dia-a-dia,
qu sonham e trabalham juntos por um mundo
melhor, com um código único, eterno, poderoso,
indestruível: o de uma profunda amizade.
O medo é uma emoção básica, que coloca o nosso organismo em sobre-alerta e o prepara para fugir e/ou defender-se perante a percepção de perigo. A generalidade das crianças passará por algum sintoma de medo durante a sua infância, em especial as raparigas que, no entanto, têm uma maior facilidade em ultrapassá-lo. Esta maior facilidade estará, provavelmente, ligada a uma maior capacidade em exteriorizar sentimentos e emoções que, em consonância com a ajuda dos pais, lhes possibilita uma melhor compreensão dos seus sentimentos, e leva a uma procura mais eficaz de estratégias para lidar com os mesmos.
Desta forma, ao falarmos de medos, devemos encará-los enquanto emoção saudável, com uma função adaptativa: alertar para os perigos que rodeiam.
Os medos estão ligados a etapas específicas do desenvolvimento. Apesar de serem tarefas desenvolvimentais que terão de ultrapassar, o modo e a intensidade com que os sentem varia de criança para criança, de acordo com a sua personalidade, a dos pais, entre outros factores. Com o crescimento e correspondente maturação cognitiva e emocional, a criança, com a colaboração dos pais, vai encontrando estratégias eficazes para lidar com os medos, pelo que, na sua maioria, acabam por desaparecer.
Nos primeiros tempos de vida duma criança, o seu medo está muito ligado ao receio de perda do seu cuidador, a sua figura de referência (geralmente a mãe), denominando-se de medo ou ansiedade de separação. Por volta dos 7/8 meses de vida, os bebés adquirem a capacidade de distinguir os rostos familiares, em especial o da sua mãe, em contraste com os que desconhece. Surge aqui uma fase denominada de Angústia do Estranho, caracterizada pela manifestação, por parte da criança, de medo ou ansiedade perante a presença de estranhos, ou pessoas com quem tenha menos contacto. Nesta fase, as crianças ainda não adquiriram uma competência, a da “permanência do objecto”, que consiste no saber que, quando algo (ou alguém) sai do seu campo de visão, pode voltar. Para o bebé, quando tal acontece, ele sente medo por esse objecto deixar de existir.
A partir dos dois anos, é frequente a criança começar a ter medo de ser abandonada pelos pais e, consequentemente, de qualquer separação que possa ocorrer. É igualmente nesta fase que se verifica um aumento do medo dos animais, que costuma perdurar até por volta dos quatro anos.
A imaginação assume um papel preponderante nos medos das crianças e é, com o aproximar dos três anos (altura em que a imaginação se torna mais rica e atinge um maior grau de desenvolvimento) que é potenciado o surgimento do medo do escuro, dos monstros, fantasmas, ladrões, entre outros. Este é um dos medos mais comuns entre as crianças, sendo transversal a várias culturas e civilizações. Geralmente surge entre o terceiro e o sexto ano de vida da criança, e é habitualmente ultrapassado até à entrada para a escola. Ocorre com especial incidência na hora de dormir, momento em que a criança se sente “desprotegida”, pois confronta-se com a separação física dos pais, bem como com a segurança que esta presença lhe oferece.
Com o atingir dos seis anos de idade, a criança atinge uma fase de desenvolvimento que lhe permite encarar a morte como algo irreversível, perdendo o seu lado fantasioso e assumindo uma vertente mais concreta, o que lhe provoca medo da sua própria morte, bem como a das suas figuras de referência. Verifica-se aqui uma transição do medo de separação para o medo de morte. Aí, apresenta uma associação de morte a coisas concretas, como a uma pessoa, a caixões, cemitérios, etc.
Paralelamente à entrada para a escola, e ao longo do seu curso, surgem medos ligados a esta nova etapa da sua vida, bem como aos desafios a ela associados. O medo de se expor, ter de falar nas aulas, ir ao quadro, as histórias contadas de agressão dos mais velhos, entre outros, causam apreensão às crianças. Aqui os medos estão muito ligados à identidade da criança, à sua auto-estima e sentimentos de insegurança. Poderá surgir o receio de ser diferente, ser gozado pelos outros.
Esta insegurança e medo assumem um papel marcante num espaço como a escola, pois estes sentimentos poderão transmitir à criança a sensação de impotência perante a resolução de dificuldades que até pode percepcionar como não perigosas, mas que apenas não se sente capaz de as ultrapassar. Nestes casos, é essencial que os pais e/ou educadores saibam escutar a criança, desmistificar esses sentimentos e, sobretudo, ouvi-las e ajudá-las no sentido de encontrar estratégias eficazes para a resolução dos seus medos.
Os Pais podem ajudar
É impossível os pais evitarem o sentimento de medo por parte dos seus filhos (o que também não seria salutar). Ao invés disso, podem ter um papel preponderante no auxílio da procura de estratégias que permitam à criança lidar convenientemente com os obstáculos com que é confrontada e lhe permitam ultrapassar o medo.
Os pais ao se depararem com os medos dos seus filhos, naturalmente podem manifestar confusão e algum desconhecimento sobre a forma mais adequada para lidar com a situação. Antecedente à procura de estratégias para ultrapassar esses medos, é fundamental que os pais validem e respeitem os sentimentos dos filhos, e tal passa por nunca os ridicularizar ou desvalorizar. Os medos são fruto do processo de desenvolvimento da criança, o que acarreta novos desafios. São um factor positivo, e é dessa forma que deverão ser encarados, apesar do filho ainda não ter atingido um nível de maturação que lhe permita enfrentar esse medo da forma mais eficaz.
O bem estar emocional da criança é favorecido pela existência de cumplicidade com os pais. A criança ao ter medo, enfrenta o anseio de não o conseguir ultrapassar, bem como o de ser a única que passou por este sentimento. O acto dos pais relatarem à criança que também eles passaram por situações semelhantes, inclusive uma similar à que o filho sente, fá-las sentir apoiadas e aceites, transmite-lhes a possibilidade de vencerem os seus medos e serem “grandes e fortes” como os seus pais. Procure explorar com os seus filhos formas de resolver as situações, podendo também dar exemplos de como conseguiu resolver os seus próprios medos.
A promoção do diálogo entre pais e filhos é uma das melhores “ferramentas” que se pode transmitir aos filhos. Essa abertura ao diálogo, permite deixar uma “janela aberta”, o que facilitará à criança a procura dos pais (ou outras figuras de referência) quando se sentir ameaçada, ou estiver a lidar com sentimentos perante os quais sente dificuldades em lidar. Só o acto da criança falar e explicar os seus medos aos pais, serve de alívio e, além de promover uma maior aproximação entre os pais e os filhos, é um importante passo na procura conjunta de soluções para os problemas.
Uma estratégia universal perante uma situação percepcionada como perigosa é a fuga ou o evitamento. Torna-se importante a consciencialização que, só através do enfrentar dos desafios, é que conseguimos ultrapassá-los. Recorrendo à aceitação e validação dos sentimentos dos filhos, cabe aos pais ajudarem a criança na procura da forma mais eficaz de resolução do problema, ao invés da fuga, frequentemente a primeira resposta à questão ansiogénica. Os medos, sendo marcadores do desenvolvimento da criança, funcionam como tarefas desenvolvimentais, às quais cabe à criança ultrapassar, resultando na promoção da autonomia da criança, no seu desenvolvimento emocional, que consequentemente se repercute ao nível do seu auto-conceito. O enfrentar atempado dos medos evita que, a longo prazo, estes possam possuir uma dimensão patológica resultante em fobias.
O Jardim de Infância é um momento e um tempo de socialização para a criança que se diferencia daqueles que ela viveu até essa altura por acontecer num espaço novo, com muitas pessoas novas e longe das figuras parentais e/ou outras significativas.
Por este motivo, é importante que este momento decorra com a maior serenidade e afecto possíveis, mas também sem hesitações, para que a criança sinta esta nova etapa como uma situação segura e acolhedora – um caminho por onde se pode aventurar sem receio.
Se a mãe e o pai estão felizes por eu estar aqui é porque este é um sítio bom para eu estar. É claro que eu vou estrebuchar quando eles disserem que vão trabalhar e que mais logo voltam para me buscar. Eu gosto deles e quero que eles fiquem aqui enquanto eu brinco. Era bom eu poder explorar todo este mundo novo e eles aqui maravilhados a olhar para mim; e mais importante que isso, sempre a jeito para um abraçinho de apoio ou de protecção.
Mas chega um momento em que as crianças percebem que o mundo é algo mais que uma mera continuidade de si próprios e, nesta linha de ideias, têm de aprender que aquelas duas pessoas, para além de serem os pais que o adoram, são também duas pessoas com outras coisas suas para ser e fazer. Assim sendo…
Quando eu perceber que os meus pais, voltam sempre para me vir buscar, eu aprenderei que posso brincar e divertir-me descansado enquanto eles aqui não estão. Porque eles adoram sempre ver-me de novo. Porque me beijam e me abraçam. E, desta forma, eu estou a crescer certo do seu amor.
É importante sensibilizar desde cedo as crianças, para os problemas que afectam a saúde oral, a fim de tentar evitá-los ou minimizá-los.
A escovagem deve ser sempre supervisionado por pessoas mais velhas (pais, avôs, educadores), tendo especial atenção à quantidade de dentífrico colocado na escova e a possibilidade de ingestão do mesmo;
Cantem com as vossas crianças esta música, e expliquem o que acontece caso não tenham cuidados com os seus dentinhos.
UM COPO COM ÁGUA
Um copo com água
Uma escova e pasta
Para lavar os dentes
É o que me basta
Esfrego, esfrego, esfrego
Com muito cuidadinho
Com os dentes lavados
Que rico cheirinho.
Técnica correcta de escovagem
Nas crianças até 5/6 anos
www.min-saude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/infancia/Saude+oral+na+infancia.htm
Façam com que o sorriso das vossas “estrelinhas”, brilhe tanto como elas.
Nós Educadores, por vezes, sentimos necessidade de comunicar algo aos pais (pedir equipamento para a aula de Educacão Física ou a elogiar o desempenho do filhote durante uma actividade, etc)
Para vos auxiliar nesta tarefa, deixo aqui, um exemplo de um recadinho para imprimirem.
A Obesidade Infantil é um problema crescente e tem que ser uma grande preocupação para nós Educadores.
A Obesidade trás graves consequências para as vidas das nossas crianças.
Recorde-se que a Obesidade é uma doença que afecta seis em cada dez portugueses. Os números são tão elevados quanto as patologias associadas à Obesidade: Colesterol alto, problemas cardíacos, entre outros.
Não é mau ser-se gordinho, mas é grave ser-se obeso.
Os pais são os principais responsáveis pela educação alimentar dos filhos, por isso, é importante que os sensibilize para estas realidades.
Este folheto, depois de imprimido e exposto nas vossas salas, talvez ajude. pequeninos-gordinhos
OLHA QUE AS PAPOILAS
Olha que as papoilas são altas, altas, altas
Tu és pequenino,
Já pulas e já saltas
Se fores pelo caminho
E o sol te aquecer
Olha que as papoilas não são para comer.
Brincos de cereja, a todos ficam bem
Brincos de cereja, eu quero ter também
Se fores pelo caminho
E o sol te aquecer
Olha que as cerejas
São boas pra comer, são boas pra comer.
Uma música infantil para cantarem com os vossos meninos.