Educao de Infancia


Brincando com palhinhas

Abr 4, 2010 Autora: Raquel Martins | Colocado em: A nossa sala, Creche, Expressão motora, Iniciação à matemática

Como referi, tenho apostado em material barato e fácil de adquirir.

Hoje o material são palhinhas, de várias cores e tamanhos. Nunca viram o que eles conseguem fazer com elas. Constroem coisas lindas.

Esta ideia pode ser para Creche mas também para Jardim de Infância, contagem, sequências, vários tamanhos, agrupar por cor ou por tamanho, é um material que pode e deve ser muito explorado nas nossas salas.

Brincando com as cores

Abr 2, 2010 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Creche

As colegas e os colegas de creche queixam-se que nunca me lembro deles. Então aqui está uma ideia simples, barata, fácil e que as crianças gostam.

Podemos brincar, trabalhando as cores, falando de tudo o que a crianças vai fazendo e criando. Privilegiando a expressão oral e a relação entre o Educador e  a criança.

As estratégias em Creche

Nov 14, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Creche

Sendo a integração do bebé um processo interactivo que envolve de um modo forte e significativo a criança, a família, o grupo de crianças, o pessoal, e todo o ambiente, exige uma reflexão aprofundada sobre as modalidades de adaptação à creche.

O ambiente é determinante na qualidade da rede de relações que proporciona, razão pela qual se organiza o espaço de forma a facilitar a comunicação e a partilha das culturas em presença. Condições para que cada criança e família se sinta bem desde o primeiro encontro.

Com o objectivo de encontrarem os procedimentos adequados que ajudem a criança e a família a ultrapassarem a ansiedade ligada à separação, é possível estabelecer com cada família um programa para a integração da criança tendo, necessariamente, em conta as características de cada família e a singularidade do processo de adaptação de cada criança.

Poderão ser definidas, em equipa, (e equipa da sala) as estratégias para a integração do bebé na creche tendo em conta as expectativas das mães:

quer proporcionando uma visita à creche, antes da integração da criança. Os pais irão conviver antecipadamente com o futuro espaço do seu filho, os objectos, e as cores que o envolverão. Lembro uma mãe que nesta visita perguntava: “o meu bebé pode ficar com a cama amarela ?” Por outro lado, o bebé entrará em relação com o novo ambiente e com pessoas na presença da mãe, mais facilmente será capaz de mobilizar as suas relações de fixação;

quer proporcionando encontros com pais cujos filhos já frequentaram a creche para confronto de preocupações e experiências (estas reuniões têm sido muito eficazes na redução da ansiedade e começa a instalar-se uma maior confiança reforçada por esta ajuda entre pares. Os pais são convidados a calendarizar a entrada gradual dos seus bebés, conciliando os interesses e necessidades de cada família);

quer favorecendo a entrada gradual dos bebés para que cada um deles e a sua família possam receber a devida atenção por parte do pessoal no primeiro dia de permanência na creche;

quer, a adaptação progressiva em que os tempos de permanência do bebé, na creche deverão ser mais curtos de início;

quer o, objecto transicional, assim denominado por Winnicott, que constitui uma fonte segura de conforto e alívio, e tem um papel importante porque permite representar a mãe ausente e dessa forma tolerar a separação. Frequentemente a mãe tem vergonha de trazer o objecto preferido do filho. Por vezes, quando a educadora insiste na importância deste objecto na creche, mães há, que não o trazem, dizendo que o seu filho não tem preferência por um objecto. Lembro uma mãe que foi comprar um boneco para trazer para a creche e tempos depois, após confiar, foi capaz de trazer um pedaço de soutien velho e malcheiroso que o seu filho “não largava”. Enquanto estes “milagres” não acontecem e na impossibilidade do bebé escolher o seu objecto, pode a mãe, construir com a educadora, um boneco que levará, para ganhar os cheiros de casa, e depois, trará para a creche. Mães há, que mantêm o boneco junto ao peito para o impregnar do seu cheiro;

quer, ainda, solicitando a presença da mãe durante o período de adaptação do bebé. Estratégia utilizada, com eficácia, nas creches camarárias de Reggio Emília, onde, com saber e convicção, a equipa se deixa observar, observando..

A educadora combina com a mãe a sua presença na creche, durante o tempo necessário, até a criança se sentir segura. A mãe é informada da importância deste procedimento, bem como da atitude que deve assumir de observadora participante, sem interferir na conduta autónoma da criança. A mãe é convidada a participar nos cuidados do seu filho e a estar presente durante as refeições e o repouso.

Os Sentimentos em Creche

Nov 13, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Creche

As mães, referindo-se ao período de integração do bebé na creche, falam dos seus sentimentos, de tristeza, de estranheza quando dizem: “vou sentir falta do meu filho”, “vou ter pena de o deixar a pessoas estranhas” ou “já sinto falta do meu trabalho”. Manifestam receio de não serem aceites no seu estilo de cuidar o bebé quando referem por exemplo “tenho vergonha desta chucha, é a única que ele gosta.”

Referindo-se ao bebé, dizem as mães, que vai sentir estranheza relativamente ao espaço e às pessoas, à forma como vai ser cuidado, à individualização de tratamento: “não vai dormir”; “vai sentir a falta do peito”; “vai precisar de colo para não chorar”; “ vai estranhar o barulho”.

As educadoras, pelo seu lado, referem-se a sentimentos de estranheza, receio de não serem capazes de descodificar correctamente os sinais do bebé que não conhecem; de frustração.

Durante o período de integração na creche poderão surgir, na criança, sentimentos de abandono, dando lugar à ansiedade ou insegurança.

Na creche, é observável que a raiva dirigida contra a pessoa ausente se manifesta muitas vezes quando a mãe vem buscar a criança. Ela tem um comportamento marcadamente ambivalente: se por um lado parece ignorar deliberadamente a presença da mãe, por outro pede-lhe o seu apoio e conforto, chorando e agarrando-se a ela. Esta situação não é bem entendida pela mãe criando sentimentos confusos, aumentando a culpabilização ou ansiedade que nutre por deixar as crianças ao cuidado da creche. Saber que a creche é factor de desenvolvimento para o filho pode compensá-la e de certa forma desculpabilizá-la.

Todos estes sentimentos a par de outros, como o do apego em construção e o do apreço levam, necessariamente, a que se instalem na mãe, na criança e na educadora, sentimentos ambivalentes.

A compreensão destes sentimentos, bem como dos diferentes papéis que implicam especificidade de funções, pode devolver à mãe (e ao bebé) a confiança necessária para ultrapassar com mais tranquilidade esta fase.

O que é a Creche?

Nov 12, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Creche

Entende-se a creche, como um sistema permanente de relações educativas de comunicação, socialização e individualização com a responsabilidade de protecção da saúde física e mental das crianças. Um ambiente criado para dar continuidade de cuidados prestados pela família à criança, favorecendo, entre outras, a satisfação das necessidades emocionais básicas de intimidade, de atenção, de aceitação, de desenvolvimento da auto-estima, de descoberta e formação do eu em relação com o outro.

Os Bébés em Berçario e Creche – O Papel do Educador

Set 21, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Berçario, Creche

Quando os bebés nascem, captam pouco do mundo que os rodeia e compreendem ainda menos. Como os seus sentidos não estão focalizados, eles olham sem perceber o que vêem e ouvem sem entender o que significa o som.
Nas primeiras semanas de vida, nem sequer se apercebem de que estão separados do mundo à sua volta. Não sabem controlar nem o corpo nem o mundo.
Antes de um bebé saber descobrir o seu mundo, precisa de saber onde termina o seu corpo e começa o resto do mundo. Para isso, tem de perceber primeiro o que pode fazer para que as coisas aconteçam, o que seria mais fácil se pudesse controlar o que o seu corpo faz.
Todavia quando o bebé nasce, já possui um conjunto de reflexos que demonstram o seu instinto natural de sobrevivência. Todos estes reflexos desaparecem por volta dos três meses, pois caso contrário, o seu desenvolvimento ficaria comprometido e as novas capacidades não poderiam surgir.
A melhor forma de ajudar e encorajar o desenvolvimento do bebé é através dos sentidos – visão, audição, tacto, olfacto e paladar – porque estes são os meios que utilizará para explorar o mundo antes de se poder movimentar nele sozinho.
Durante os primeiros meses, os bebés pouco mais fazem do que dormir e comer, mas de vez em quando começam a surgir traças da sua personalidade.
Entre os dois e os três meses, o bebé já é capaz de fazer mais coisas e está cada vez mais interessado pelo mundo. A criança bate nos objectos, leva a mão à boca e agarra um brinquedo. Em breve, o bebé percebe que é ele próprio a fazer o barulho com a boca.
Entre os três e os seis meses, o bebé segura no brinquedo e explora-o com as mãos e a boca. Bater e atirar brinquedos parece ser uma resposta universal.
Entre os seis e os nove meses um dos feitos mais importantes dos bebés é conseguir mudar de posição. Conseguem rolar em ambas direcções, sentar-se sem ajuda, sentar-se e virar (sem cair), passar da posição de bruços para a posição de sentado e por fim levantar-se.
Durante estes meses, os bebés dão enormes passos cognitivos à medida que se apercebem do mundo que os rodeia. Entre os nove e doze meses, os bebés parecem estar sempre em movimento.
Os brinquedos de empurrar e puxar são também úteis pois dão à criança algo a que se pode agarrar, dando apoio.

Os bebés estão assim a aprender habilidades novas e a conseguir mover-se e a tentar descobrir como é que as coisas funcionam através de exploração.

É função do Educador de Infância, planificar e criar todas as condições necessárias para estimular o desenvolvimento dos bebés, nunca esquecendo que cada bebé tem o seu próprio ritmo.

Os primeiros anos são fundamentais para a formação da personalidade do bebé. Será papel do educador ajudá-lo a seguir em frente e caminhar com ele na apaixonante aventura de crescer.
Qualquer bebé transforma um objecto – por mais estranho que pareça – num brinquedo.

Fonte: Programação e planificação na creche 0-1 ano: Bola de Neve

Momentos da Rotina em Creche

Set 15, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Creche

08:30 h – 09:30 h – Acolhimento
09:40 h – 10:30 h – Momento de Tapete
10:30 h – 11:00 h – Momento de Actividades Direccionadas / Exploração Livre
10:40 h – 11:20 h – Momento de Exterior
11:20 h – 11:45 h – Higiene (lavar as mãos)
11:45 h – 12:30 h – Almoço
12:30 h – 13:00 h – Higiene (lavar as mãos e mudar a fralda)
13:00 h – 15:40 h – Repouso
15:40 h – 16:00 h – Preparação para o Lanche
16:00 h – 16:30 h – Lanche
16:30 h – 16:40 h – Higiene (lavar as mãos e mudas a fralda)
16:40 h – Exploração Livre / Saída

Esta “rotina” foi uma partilha da Inês Gonçalves para que as colegas consigam elaborar uma adaptada à vossa realidade. Esta é apenas um exemplo.


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