Educao de Infancia
Ensinarás…
Ensinarás a voar…
Mas não voarão o teu voo.
Ensinarás a sonhar…
Mas não sonharão o teu sonho.
Ensinarás a viver…
Mas não viverão a tua vida.
Ensinarás a cantar…
Mas não cantarão a tua canção.
Ensinarás a pensar…
Mas não pensarão como tu.
Porém, saberás que cada vez que voem, sonhem, vivam, cantem e pensem…
Estará a semente do caminho ensinado e aprendido!
(Madre Teresa de Calcutá)
“Vem aí a Prima Vera”
Carolina fica intrigada quando recebe a carta de uma Prima que não conhece. Quando a vai esperar à estação vê-se rodeada por outros meninos que, ansiosos, também aguardam a anunciada visita.
Finalmente chega à estação uma menina carregada de presentes: joaninhas, flores, sol, andorinhas…
Quem será afinal esta Prima tão especial?
Era uma vez uma menina chamada Carolina a quem o carteiro, numa bela manhã, entregou uma carta.
Carolina, depois de abrir o envelope, ficou muito surpreendida ao ler o que na carta estava escrito:
Chego no dia 21 de Março. Estação nova. Tua Prima.
Voltou a ler a carta, outra vez e ainda outra, sem nada entender: – Quem será esta prima que eu não conheço? Bem, só faltam três dias para saber.
Três dias? Tanto tempo para uma menina cheia de curiosidade. Por isso, Carolina não sossegou e, na véspera do importante dia, demorou a adormecer.
O dia 21 de Março amanheceu envolvido por um sol radioso. A menina levantou-se cedo e, vestida com uma roupa de festa como alguém que espera visitas, saiu de casa. Apertando numa das mãos a carta, dirigiu-se, sem demoras, à estação dos comboios (que era nova porque tinha sido construída há pouco tempo).
Ao chegar viu um grupo de entusiasmados meninos. Aproximou-se e percebeu que alguns seguravam um envelope. Resolveu então perguntar-lhes o que faziam ali.
Os meninos contaram que cada um tinha recebido uma carta que dizia:
Chego no dia 21 de Março. Estação nova. Tua Prima.
Carolina mostrou-lhes a sua carta que dizia exactamente o mesmo.
Tudo parecia estranho.
Resolveram esperar. Viram passar um comboio, depois outro e ainda outro… Finalmente aproximou-se da estação, em marcha lenta, um comboio que acabou por parar.
Dele saiu uma bonita menina com um vestido coberto de flores: malmequeres, papoilas, tulipas, lírios… No seu chapéu, amarelo como o sol, esvoaçavam andorinhas e pardais; os seus sapatos eram verdes como a erva dos campos.
Carregada de malas, dirigiu-se aos meninos:
– Fui eu que vos escrevi. Estou muito feliz por me terem vindo esperar. Sou a vossa Prima.
– Nossa Prima? – perguntaram os meninos de olhos arregalados.
– Como te chamas? – apressou-se a perguntar, Carolina.
– Ah! Ainda não descobriram? Eu sou a Vera. Sou a vossa Prima e de todos os meninos do mundo. Costumo chegar aqui neste dia. Sou a… PRIMA VERA!
Que surpresa tão grande! Os meninos ficaram radiantes.
Feitas as apresentações, a Prima Vera começou a abrir suas malas para mostrar os presentes que trouxera: SOL, ANDORINHAS, FOLHAS VERDES, FLORES, BORBOLETAS, JOANINHAS e muita, muita ALEGRIA.
Agradecendo a presença de todos, a Prima explicou que iria, de seguida, ao encontro de outros meninos.
Mas voltaria para o ano. Palavra de Prima Vera!
Antes de partir, pediu ainda aos meninos que anunciassem a sua chegada a todas as pessoas.
Eles assim fizeram. Correram até suas casas, sorridentes e ansiosos por contar aos pais, irmãos, avós, amigos e vizinhos que era um dia muito especial: tinha chegado a PRIMAVERA!
CUSTÓDIO, Lourdes (2002). Vem aí a Prima Vera. Vila Nova de Gaia: Gailivro.
“A Rua aborrecida”
Era uma vez uma rua que vivia muito aborrecida!
- Ai! Que aborrecida que estou- dizia ela para si.
- Nada acontece por aqui. Só os carros passam por mim a grande velocidade!!!
Um dia…a rua começou a sentir um movimento estranho perto de si.
- Que será que se passa aqui??!!
- Estou muito curiosa!
Observou, observou, com muita atenção o que se passava à sua volta…até que descobriu!!
- Já sei !
- Estão a construir uma casa…uma casa muito grande!
- E tem um Jardim bem bonito ao seu redor…com baloiços…olha dois escorregas…uns carros feitos de troncos.
- Espera!- continuava ela.
Já sei! Estão a construir um Jardim de Infância!
- Era verdade, ali perto daquela rua, estava a ser construído um Jardim de Infância.
- Uma escola- continuava-mas isso quer dizer que por aqui vão passar muitos meninos…
- Viva! Viva!…Viva!- disse ela muito feliz.
- Parece que se acabou o aborrecimento…ver passar por mim a pequenada é uma coisa que muito me agrada…ouvir os seus risos…ver as suas brincadeiras!
- Pstt!… Pstt!… Ó menino – chamou ela
O João que passava apor ali ouviu chamar. Olhou para todo o lado e não viu ninguém.
A rua continuou:
- Pstt!…Pstt!…estou aqui debaixo dos teus pés. Não tenhas medo!- disse a rua.
- Só quero saber se gostas de passar por mim, quando vais para a escola.
- Sim, gosto muito- disse o João. Mas acho que faltam aqui algumas coisas…
- Que coisas?
- Olha! As passadeiras em frente à escola para nós podermos passar em segurança!
- É verdade…Tenho de enfeitar-me de riscos, para os meninos poderem atravessar-me.
- Sabes- disse o João.
- É preciso alargar os passeios e colocar daquelas coisas pra protegerem os meninos que saem da escola…as barreiras de protecção!
- É preciso também avisar aqueles condutores distraídos, de que aqui perto está uma escola…com aqueles sinais de perigo.
- Tantas coisas necessárias!
- Vou já tomar providências…
E assim aconteceu… nada naquela rua faltava para os meninos que iam para aquela escola andarem em segurança.
A rua vivia agora muito feliz e quem nela passava também!
O aborrecimento de outrora acabara, porque agora todos os dias havia um motivo de distracção com toda aquela criançada!
Vitória…Vitória e acabou-se a nossa história!
História elaborada pelo grupo de 5 anos do Jardim de Infância do Centro de Bem estar social da Zona Alta – Torres Novas.
Ao explorar esta história com as crianças, o Educador de Infância está a contribuir para o desenvolvimento dos seguintes subtemas de Educação Rodoviária para a Educação Pré-Escolar:
Vou –vos contar a história da tia Bia que vivia numa quinta no Alentejo e que tinha muitos animais de quem gostava.
Um belo dia recebeu um convite para ir aos anos do netinho que morava em Lisboa.
O pior é que tia Bia só depois de comprar a prenda para o seu netinho é que viu que não tinha dinheiro que chegasse para arranjar o carro. É que ele já era muito velho e a última vez que tinha ido passear os cintos do carro, por estarem velhos, acabaram por se estragar.
Os animais da quinta tinham todos o cuidado de a avisar pois, gostavam muito da tia Bia e sabiam o quanto era perigoso andar sem cinto de segurança na estrada.
A galinha dizia: - Tia Bia, tia Bia é muito arriscado, ir passear sem cinto levar!
O porquinho dizia: - Tia Bia, tia Bia cuidado que para viajar o cinto deve levar!
A abelhinha dizia: - Tia Bia, tia Bia na estrada vais parar e multa levar e o polícia não te vai desculpar!
O coelho dizia: - Pobre tia Bia, sem o cinto colocar um acidente pode ter e então vai ver que mal pode ficar!
A libelinha dizia: - Nunca se deve ir em viagem sem verificar se tudo está operacional e o mais importante é se o cinto está funcional!
A Pata dizia: - Tia Bia, tia Bia tu sabes que sem o cinto não deves viajar porque se travares de repente vai bater no vidro da frente!
A borboleta dizia: - Ai minha tia Bia! É tão bom viajar em segurança sem ter de se preocupar e você nem o cinto vai lavar?!
Mas a tia Bia lá foi sem cinto, com muita atenção para o polícia não a multar.
Porém, depois de muito andar, de caras foi dar e o polícia teve de enfrentar.
Polícia – Muito bom dia senhora, onde vai passear?
Tia Bia – Ai senhor polícia aos anos do meu netinho eu vou.
Polícia – E que presente lhe comprou?
Tia Bia – Foi um brinquedo, senhor polícia.
Polícia – Muito bem. Então posso ver os documentos?
Tia Bia – Sim, sim estão aqui.
Polícia – Tudo em ordem! E agora vamos verificar o seu carro. Onde estão os cintos?
Tia Bia – Ai! Senhor polícia eu não tive dinheiro para os mandar colocar.
Polícia – Mas, assim não pode viajar vou ter de a multar.
Tia Bia – Oh! Senhor polícia peço-lhe por tudo que me deixe continuar a minha viagem que eu prometo-lhe que logo que chegue a Lisboa vou direitinha à oficina do meu filho e ele compra-me uns cintos de segurança e eu vou logo colocá-los.
Polícia – Muito bem minha senhora mas, não se esqueça porque, quando regressar, eu vou aqui estar e levo-a presa por me estar a enganar.
Tia Bia – Não estou nada senhor polícia. Vai ver, eu vou voltar com uns cintos novinhos a brilhar.
A tia Bia despediu-se do senhor polícia e foi pedindo a todas as fadas que existissem para que alguma a ajudasse, pois o seu filho era tão pobre que não ia ter dinheiro para lhe emprestar e sem cintos iria ficar.
De repente a sua fada madrinha apareceu de cintos brilhantes prontos a serem colocados.
Então, com uma magia, tudo ficou no lugar mesmo antes de a Lisboa chegar.
Quando lá chegou a todos a sua história contou e nem queria acreditar que agora o senhor polícia podia enfrentar e sem medo podia viajar.
O seu filho dizia: – Mãe Bia, mãe Bia, ponha o cinto com cuidado não fique com ele encravado ou mal fechado.
O netinho dizia: – Ai minha rica avó Bia, é tão bom viajar em segurança sem sequer ter de pensar que pode ter de parar quando o polícia avistar, sem se preocupar, pois os cintos estão no lugar.
Externato “A COLMEIA”
Sobreda da Caparica – Almada
Ao explorar esta história com as crianças, o Educador de infância está a contribuir para o desenvolvimento dos seguintes subtemas de Educação Rodoviária para a Educação Pré-Escolar:
• Transporte de crianças nos veículos em cadeiras de segurança
• Comportamentos adequados e inadequados dos utentes
Prevenção Rodoviária Portuguesa
A Minha Casinha
Fiz uma casinha
de chocolate,
tapei-a por cima
com um tomate.
Pus-lhe uma janela
de rebuçado
e mais uma porta
de pão torrado.
Pus-lhe um chupa-chupa
na chaminé;
a fazer de neve,
açucar pilé.
A minha casinha
bem saborosa…
comi-a ao almoço.
Sou tão gulosa!
Luisa Ducla Soares, Poemas da Mentira e de Verdade
Presente!
A tabela das presenças
eu sei muito bem usar
quando chego à escolinha
meu símbolo vou colocar.
Sabem o que quer dizer?
é que eu já cá cheguei…
e agora vou brincar
porque ainda não brinquei!
Para habituar cada criança a colocar o símbolo no quadro de presenças.
Ao entrares na escolinha
teu bibe deves vestir
e os botões abotoar…
assim não sujas a roupa,
à vontade vais brincar.
Tu ficas muito contente
e nós ficamos também…
imagina a alegria
com que fica a tua mãe!
Podem fazer um placar com o que vos partilho hoje e pedir aos vossos pequeninos para decorarem, colocam junto dos cabides, assim ninguém se esquecerá de o trazer.