Educao de Infancia
Dêem-lhe a oportunidade de correr, tocar, ver, explorar, provar, ouvir e, sobretudo, aprender.
Confiem nos Educadores e Professores. Falem com eles sobre as vossas dúvidas, mas deixem o seu filho viver intensamente esta etapa tão importante.
Compartilhem alegrias. Dêem-lhe segurança.
Queremos colaborar no sentido de que o seu filho possa:
Tudo isto, sempre mediante actividades, música e jogos, com afecto, paciência e compreensão.
Ajudem-no a descobrir que não desaparecem para sempre.
Mostrem-se tranquilos.
Não se sintam culpados:
se vocês aceitarem a separação, ele também o fará.
São apenas umas horas e vocês serão sempre a pessoa mais importante.
Escutem-no atentamente quando lhe fala.
E não desanimem.
Permitam que o seu filho cresça e aproveitem para crescer com ele.
Nós, tal como vocês, queremos o melhor para ele.
Este site não é apenas para os Educadores de Infância nem para as crianças é também para os Pais e para as Mães. E hoje a mensagem é para eles.
A Puericultura, pode ser definida como um conjunto de meios próprios, para assegurar o nascimento e o desenvolvimento de crianças saudáveis.
Sendo uma actividade profissional fundamental para o crescimento da nossa sociedade, tem tido bastante procura e é nesse sentido que se começa agora a existir mais investimento e formação na área.
Por isso hoje vou colocar aqui a informação que tenho disponível sobre uma formação em Puericultura, que se não fosse o facto de ter imenso trabalho, iria de certeza assistir.
A formação em Puericultura é fundamentalmente destinada a quem trabalha ou pretende trabalhar como auxiliar de educação em creche, jardins de infância, amas/babysitting ou para futuros pais.
O curso tem a duração de 950 horas ao qual acresce ainda um seminário de fim de curso e, tem como principais objectivos:
Para mais informações só é necessário preencher o formulário deste site: Puericultura
Reunião de Pais
(Convite)
Mamã e Papá
prestem atenção
estou a convidar-vos
para uma Reunião.
É na minha escola,
se vocês forem, terão
uma surpresa que eu fiz
com muita dedicação!
Vejam a data e a hora
eu sei que não faltarão…
um beijinho do filhote
e um grande xi-coração!
Este convite será entregue aos pais, pelos próprios filhos, podrá ser decorado por eles se achar conveniente.
Com a ajuda das crianças, faça bolinhos, uma laranjada e recebam os pais com todo o carinho
Quando me virem a montar blocos
A construir casas, prédios, cidades
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender sobre o equilíbrio e as formas
Um dia, posso vir a ser engenheiro ou arquitecto.
Quando me virem a fantasiar
A fazer comidinha, a cuidar das bonecas
Não pensem que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a cuidar de mim e dos outros
Um dia, posso vir a ser mãe ou pai.
Quando me virem coberto de tinta
Ou a pintar, ou a esculpir e a moldar barro
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a expressar-me e a criar
Um dia, posso vir a ser artista ou inventor.
Quando me virem sentado
A ler para uma plateia imaginária
Não riam e achem que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a comunicar e a interpretar
Um dia, posso vir a ser professor ou actor.
Quando me virem à procura de insectos no mato
Ou a encher os meus bolsos com bugigangas
Não achem que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a prestar atenção e a explorar
Um dia, posso vir a ser cientista.
Quando me virem mergulhado num puzzle
Ou nalgum jogo da escola
Não pensem que perco tempo a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a resolver problemas e a concentrar-me
Um dia posso vir a ser empresário.
Quando me virem a cozinhar e a provar comida
Não achem, porque estou a gostar, que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a seguir as instruções e a descobrir as diferenças
Um dia, posso vir a ser Chefe.
Quando me virem a pular, a saltar a correr e a movimentar-me
Não digam que estou só a brincar
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender como funciona o meu corpo
Um dia posso vir a ser médico, enfermeiro ou atleta.
Quando me perguntarem o que fiz hoje na escola
E eu disser que brinquei
Não me entendam mal
Porque a brincar, estou a aprender
A aprender a trabalhar com prazer e eficiência
Estou a preparar-me para o futuro
Hoje, sou criança e o meu trabalho é brincar.
(Poema de origem desconhecida)
Podem imprimir numa folhinha de cor e dar aos pais, eles vão adorar! Eu dei na minha Reunião de Pais, com a devida ilustração feita pelos filhos e os pais gostaram muito.
O nascimento de um bebé causa um forte impacto no irmão primogénito, que tem de aprender a partilhar a atenção dos pais, da qual, até então, usufruía com exclusividade. É importante que os pais identifiquem precocemente o problema e actuem de forma a dar à criança a segurança afectiva que ela precisa. A integração da criança nos preparativos e nas rotinas do recém-nascido é um meio mais eficaz de reprimir o ciúme, já que ela se sente importante e necessária nessas tarefas.
Já em 1920, Freud sublinhava que “não há provavelmente nenhuma casa sem conflitos violentos entre os seus habitantes mais pequenos, seja pela rivalidade, pelo amor dos pais, competição por objectos comuns, ou mesmo pelo espaço físico do lugar que ocupam”.
Entre os 2 e os 6 anos, as relações com os irmãos constituem, mais do que em qualquer outra idade, a parte mais importante do meio social da criança. É nestas idades que geralmente nasce um irmão, um momento muito importante na vida de uma criança e que altera todo o seu pequeno universo. O ciúme é uma reacção normal ao afastamento provocado pela chegada inexplicável de um “intruso”, pois este passará a compartilhar com a criança o amor e a atenção dos pais
A reacção da criança vai depender da sua idade aquando o nascimento do irmão;
• 18-24 meses – a criança tem muita dificuldade em compreender e aceitar a chegada de um irmão, pois está a viver uma fase em que descobre o medo da separação da mãe e, mais tarde, a crise de oposição e do negativismo sistemático
• 3 anos – a adaptação também pode ser difícil pois pode coincidir com a entrada no jardim-de-infância e as reacções negativas à presença do irmão podem ser confundidas com a má adaptação escolar.
• 4-5 anos – a adaptação à chegada de um irmão é mais fácil pois a criança compreende o que se está a passar à sua volta e já é capaz de tomar conta de si
• > 6 anos – a chegada de um irmão habitualmente é encarada de forma positiva, assumindo mesmo o papel de irmão mais velho
O modo como a criança manifesta e exterioriza o ciúme é muito variável, dependendo da idade da criança e das reacções dos pais. O comportamento regressivo é a forma mais comum e caracteriza-se pela retoma de comportamentos que já tinham sido abandonados, como a regressão na linguagem, voltar a querer o biberão/chupeta, enurese nocturna, entre outras. No entanto, a exigência constante de atenção, ou pelo contrário, mau comportamento sistemático para chamar a si as atenções, pode ser um modo de manifestação
A criança pode até ter atitudes de hostilidade dirigidas ao irmão ou à mãe. Uma outra forma de reagir é a atenção e preocupação constantes com o irmão, rodeando a mãe e o bebé de cuidados excessivos, com o desejo de agradar e recuperar o “amor perdido” da mãe. É nesta altura que a criança se questiona constantemente sobre: “Se os meus pais me amam, porque querem outro filho?”, “Vou continuar a ser admirado?”, “Será que vão continuar a gostar de mim?”.
O ciúme revela-se do irmão mais velho pelo mais novo, pois é o irmão mais velho o único que conheceu uma realidade em que o irmão não estava presente e tem a perder com a sua chegada. O mais novo sempre viveu na presença do mais velho e geralmente tem sentimentos positivos tendo-o como objecto de imitação e mentalmente identificando-se com ele.
Tal não se passa com gémeos, pois como nasceram ao mesmo tempo, não conhecem a vida um sem o outro. Habitualmente têm o mesmo desenvolvimento, não apresentando diferenças significativas ao nível da força física, mental ou experiência adquirida. Nesta situação em particular, em regra, o ciúme não existe pois os pais geralmente adoptam um comportamento semelhante para os dois.
A atitude dos pais é determinante, pois o modo como tratam cada filho poderá estar na origem das relações conflituosas – a base de toda esta rivalidade/hostilidade assenta no desejo de a criança ter o amor dos pais
À medida que o tempo vai passando e o irmão mais novo cresce, o mais velho assume o papel de “irmão mais velho”. É nesta altura que a atitude dos pais é fundamental, pois, se demonstrarem compreensão e atitudes positivas, a criança supera o ciúme inicial, caso contrário, pode gerar-se um ciclo vicioso e “traumatizante” para a criança
Para se estabelecerem relações adequadas entre irmãos e para prevenir o ciúme entre eles, há algumas recomendações a ter em conta:
1) A criança deve contar com mais do que um adulto para lhe proporcionar a segurança e atenção desejáveis (mãe e pai), de forma a tornar-se mais fácil superar o ciúme e não se sentir abandonada com a chegada do irmão
2) Deve evitar-se que o nascimento de um irmão coincida com outras mudanças importantes na vida da criança (por exemplo, a entrada no infantário). Após o nascimento do bebé, não se deve reduzir a quantidade, nem a qualidade da atenção, que a mãe e o pai dispensam à criança mais velha, tentando manter a rotina anterior ao nascimento do irmão
3) Ajudar o irmão mais velho a assumir o novo papel, ressalvando a sua importância, e prevenindo o ciúme que aparece com frequência quando a mãe ou o pai estão absorvidos no cuidado do bebé. Convém estimular a sua participação nesses cuidados, de forma que o filho se sinta importante e prestável.
4) Evitar comparações, bem como a distribuição de papéis entre irmãos. Os pais devem colocar em evidência os progressos de cada criança e as suas qualidades em diferentes áreas, sobretudo nas actividades que constituem as suas especializações, e sempre tomando a própria criança como referência. Pretende-se com isto valorizar o seu progresso em determinada situação, aumentando a sua auto-estima
O amor de uma criança pelos seus pais é extremamente intenso e incondicional, portanto, há o desejo da exclusividade. O sentimento de ciúme deve ser encarado de forma natural. É próprio do ser humano… Se os pais fizerem um esforço contínuo para ajudar os seus filhos nas suas angústias, as crianças terão oportunidade de aprender, a cada dia, a adaptar-se às novidades e a abrir mão do egocentrismo próprio da primeira infância
É muito importante que os pais estejam em sintonia com os sentimentos das crianças e as ajudar a manifestar-se.
Sandra Costa, com a colaboração de Iris Maia, Pediatra do Hospital de São Marcos de Braga
Enurese é a emissão activa completa e não controlada de urina após a idade da maturidade fisiológica, que acontece, em geral entre os 3 e os 4 anos. Para isso, é necessário que esse comportamento ocorra várias vezes.
Primeiro é necessário saber se é de origem orgânica, após ter sido feito o despiste e informado o seu médico de família ou pediatra,e se não houver qualquer problema, podem dar-se duas situações:
Ou a criança sempre fez chichi na cama ou na roupa e não aprendeu a controlar a bexiga, nem está habituada a fazê-lo (enurese primária), o que pode ser facilmente ultrapassável com a ajuda adequada;
Ou a criança já foi capaz de controlar a sua bexiga e agora já não controla e faz chichi na cama (enurese secundária). Neste caso, pode estar em causa aspectos como: ter tido um irmão à pouco tempo, problemas familiares, afastamento temporário de um dos pais, educação muito rígida, problemas no Jardim-de-Infância ou na escola, mudança recente de casa, entre outras.
É importante que os pais tenham em mente que não se faz chichi na cama de propósito. E pode ser uma situação muito angustiante e humilhante para a criança, podendo sentir-se culpada, envergonhada e triste.
É também importante referir que esta situação é transitória e que se irá resolver, podendo demorar mais tempo em alguns casos que outros.
Mas existem, algumas estratégias que os pais podem utilizarr para ajudar a criança a deixar de fazer chichi na cama.
Não volte a colocar fraldas na criança, o uso de fralda, apenas servirá para que a criança não sinta necessidade de aprender a controlar a bexiga.
Coloque um resguardo de plástico na cama, entre os lençóis e o colchão. Com esta atitude, a criança sente-se mais descansado. Diga ao seu filho para não ficar preocupado se fizer chichi, porque o plástico não vai deixar molhar a cama.
Reduza a quantidade de líquidos (leite, água, sumos) que a criança ingere durante as duas últimas horas antes de deitar. Explique ao seu filho que está a fazer isso para que ele tenha menos vontade de fazer chichi à noite .
Certifique-se que a criança faz sempre chichi no bacio ou na casa-de-banho antes de ir para a cama.
Se notar que a criança costuma fazer chichi na cama a uma certa hora da noite, acorde-a meia hora antes e diga-lhe para ir à casa de banho. Tente mesmo que ela acorde, em vez de fazer chichi a dormir.
Evite que a criança tenha uma actividade muito excitante antes de se deitar.
A criança deve dormir com uma roupa que ela saiba despir, sem muita dificuldade. Se for necessário, coloque uma luz de presença no quarto e um bacio perto dela.
Evite dizer à criança expressões como: “Quando fazes chichi na cama eu não gosto de ti”, “és feia”, “és má”, “és uma porcalhona”, “as meninas grandes já não fazem chichi na cama, és um bébé”. Este tipo de expressões só vai contribuir para que a criança se sinta ainda pior.
Fale com a criança para tentar preceber se tem algum medo, alguma preocução, etc, sempre com muito cuidado para não a magoar. Dê menos importância à cama molhada e mais às preocupações do seu filho.
Elogie-a sempre pelos sucessos que vai conseguindo, quando se consegue levantar durante a noite para fazer chichi ou cumprir alguma destas indicações. Diga coisas como “muito bem”, “eu sei que tu és capaz”, “vês como consegues aprender!”, “estou orgulhosa de ti”, “parabéns”.
Não comente estes acontecimentos com pessoas estranhas, pois, assim não o está a ajudar mas a deixá-lo mais envergonhado e ansioso.