Educao de Infancia
O que devemos saber sobre os padrões?
• As crianças aprendem a conhecer relações e a estabelecer ligações, generalizações e previsões acerca do mundo que as rodeia;
• O estudo de padrões, o seu conhecimento e previsões são cruciais na resolução de problemas;
• É uma forma estimulante e motivadora de aprender matemática;
• Desenvolve o raciocínio lógico.
No Jardim de Infância, as crianças deverão focalizar em regularidades e repetição no movimento, cor, som, posição e quantidade. É necessário que elas sejam envolvidas no reconhecimento, extensão, transferência e criação de padrões.
Algumas actividades de padrões
“Nós fazemos padrões com o corpo”
As crianças devem estar sentadas ou em pé à volta de um círculo de maneira a que possam observar o padrão à medida que ele emerge.
Começa-se com um padrão simples como “levanta – senta, levanta – senta”. É importante que se expresse verbalmente a acção, durante a execução da mesma. A criança irá começando a identificar o padrão presente e posteriormente, poderá realizar a extensão do mesmo.
É fundamental que o educador questione as crianças, como por exemplo, “Que pensas que vem a seguir? Porquê?”
Quando considerar pertinente, aumente o número de acções.
Padrões com objectos de desperdício
Apresenta-se ao grupo, um padrão repetitivo (ex:1 palhinha verde;1palhinha azul; 1 palhinha verde; 1 palhinha azul)
A criança colocará a palhinha seguinte. neste caso, o critério é a cor.
Apresenta-se ao grupo, um padrão não repetitivo (ex: 1 palhinha verde; 2 palhinhas verdes; 3 palhinhas verdes). A criança continuará o padrão. O critério é a quantidade (número).
Translaçoes com as palhinhas e tampas de garrafas
O educador constrói um padrão e regista-o colocando o número de objectos ou a cor(palhinhas) nele existentes. De seguida, a criança remove os objectos, deixando apenas os números ou as cores que a educadora registou. Agora, ela própria irá criar, com outros objectos (tampas de garrafas), um padrão que respeite o padrão registado.
Após estas actividades em grande grupo, devemos deixar cada criança de forma individual, explorar os objectos, de forma a criar os seus padrões.
Palmira é uma coelhinha com quatro anos. Nunca tinha ido à escola e, por isso, no primeiro dia de aulas estava muito excitada.
Quando chegou à escola, viu que havia mais vinte coelhinhos e coelhinhas como ela. Aprendeu logo o nome de todos. O da professora é que ela não se lembrava bem. A professora não era nada parecida com a sua mãe, nem mesmo com a sua vizinha, a coelha Chica.
A professora mostrou-lhe a escola e a Palmira ficou a conhecer tudo e gostou especialmente da casa de banho, com o seu grande espelho. Nele se mirou e voltou a mirar, imaginando-se vestida de bailarina (a sua grande paixão). Não resistiu e fez uma careta, o que é sempre muito divertido. Estava tão distraída que não ouviu que a chamavam. Por vezes, nem a mãe ela ouvia. Não sabia explicar porquê. A mãe chamava-a sempre quando ela estava a fazer uma coisa muito importante, como por exemplo martelar uns pregos… ou… roer todos os pés de alface da horta… Mas agora era hora de começar as actividades. Foram muitas as brincadeiras: cantou muito alto uma canção e a professora teve de lhe dizer:
— Palmira, querida, tens de cantar mais baixinho, senão ficamos surdos.
— Hummm! — resmungou a Palmira.
— Agora podem ir experimentar as coisas da sala.
Palmira correu para as bonecas, mas depois viu os carrinhos e levou as bonecas para junto deles. Depois reparou também nuns belos puzzles, que ela gostava muito de fazer, e levou-os para debaixo da mesa:
— Palmira, tens de brincar com uma coisa de cada vez. Não podes desarrumar tudo ao mesmo tempo! — alertou mais uma vez a professora.
— Hummm! — resmungou a Palmira.
Quando a professora pôs música, a Palmira começou logo a dançar, sem prestar atenção ao que a professora dizia.
— Não, Palmira, não ouviste o que vamos fazer. Vamos pintar.
— Ah! — exclamou a Palmira, e foi a primeira a começar. Pintou uma linda bailarina, depois de se ter observado várias vezes ao espelho, para confirmar as posições. Quando terminou, foi lavar os pincéis à casa de banho. A torneira deixava correr a água com força e a tinta nunca mais acabava de sair do pincel. Divertida, a Palmira pintalgou tudo à sua volta.
— Que lindas cores! — e a Palmira pintou… o lavatório… a bancada… o espelho…
— Palmira?! O que é que estás a fazer? — ralhou a professora.
— Nada… Estou… só a pintar!
— Sim, mas a pintura é para fazer no papel, não nas paredes!
Agora tens de limpar tudo, e depois vais pensar bem no que fizeste — explicou pacientemente a professora.
Palmira limpou as paredes, o espelho e o lavatório e a si própria. Estava aborrecida e pôs-se a pensar com os seus botões:
— Afinal… o que é que eu posso ou não posso fazer?
A escola tem regras muito complicadas!
Nota: Agradeço às mais de 200 000 de visitas por parte de Educadores de Infância, Agentes Educativos e curiosos:
Obrigada a todos os que nos visitaram e que em menos de 6 meses de existência, fizeram deste projecto e da Educação de Infância em geral, uma realidade cada vez melhor.
Primeiro Dia
É o primeiro dia
que vens à escola
pendura no cabide
a tua sacola
Vais ver que gostarás
de aqui ficar
Bem-vindo! Bem-vindo!
Vamos começar?
Uma sugestão para dar as boas-vindas às crianças no primeiro dia no Jardim de Infância.
A minha partilha para o Dia de Reis é uma Proposta de Trabalho, para os pequeninhos desenvolverem a grafomotricidade. Têm que contronar a coroa do Rei e da Rainha. e depois podem pintar a imagem.
Cliquem em cima da imagem para a aumentarem e tenham um bom dia de Reis.
Hoje partilho imagens com Coroas, que devem clicar em cima da imagem para aumentar e depois imprimir numa Cartolina, ou usarem-nos como molde para fazerem em diferentes materiais. Depois, é só pedirem aos vossos meninos para decorarem com bocadinhos de tecidos, aparas de lápis, tampinhas, papel de lustro, brilhantes, lantejoulas, etc. O que tiverem em sala, aproveitem esses bocadinhos para isso.
Vivam os Reis e as Rainhas!
Nota: Quero agradecer aos mais de 270 membros do Fórum Educação de Infância pelas mais de mil mensagens com fotos, imagens, documentos, oportunidades de emprego, artigos e muito mais sobre Educação de Infância.
Um Poema para lerem aos vossos meninos, sobre os Reis Magos:
Dia de Reis
Vieram os três Reis Magos
Das suas terras distantes
Guiados por uma estrela,
Cujos raios cintilantes
Os levaram ao Deus Menino
Que, a sorrir de bondade,
Recebeu os seus presentes
E os acolheu com amizade.
Podem imprimir esta coroa, carregando em cima da imagem para ampliar e depois cada menino decora como mais gostar.
Era uma vez um menino branco, chamado Miguel, que vivia numa terra de meninos brancos e dizia:
É bom ser branco
Porque é branco o açúcar, tão doce,
Porque é branco o leite, tão saboroso,
Porque é branca a neve, tão linda.
Mas, certo dia, o menino partiu numa grande viagem e chegou a uma terra onde todos os meninos são amarelos. Arranjou uma amiga chamada Flor de Lótus, que, como todos os meninos amarelos, dizia:
É bom ser amarelo
Porque é amarelo o Sol
É amarelo o girassol
Mais a areia amarela da praia.
O menino branco meteu-se num barco para continuar sua viagem e parou numa terra onde todos os meninos são pretos. Fez-se amigo de um pequeno caçador chamado Lumumba, que, como os outros meninos pretos, dizia:
É bom ser preto
Como a noite
Preto como as azeitonas
Preto como as estradas que nos levam
Por toda a parte
O menino branco entrou depois num avião, que só parou numa terra onde todos os meninos são vermelhos. Escolheu para brincar aos índios um menino chamado Pena de Águia. E o menino vermelho dizia:
É bom ser vermelho
Da cor das fogueiras
Da cor das cerejas
E da cor do sangue bem encarnado.
O menino branco foi correndo mundo até uma terra onde todos os meninos são castanhos. Aí fazia corridas de camelo com um menino chamado Ali-Babá, que dizia:
É bom ser castanho
Como a terra do chão
Os troncos das árvores
É tão bom ser castanho como um chocolate.
Quando o menino branco voltou à sua terra de meninos brancos, dizia:
É bom ser branco como o açúcar
Amarelo como o Sol
Preto como as estradas
Vermelho como as fogueiras
Castanho da cor do chocolate.
Enquanto, na escola, os meninos brancos pintavam em folhas brancas desenhos de meninos brancos, ele fazia grandes rodas com meninos sorridentes de todas as cores.
Autora: Luisa Ducla Soares