Educao de Infancia
Marcham 10 soldados, ai, mas como chove!
Um escorrega na lama, só ficaram 9.
Os nove soldados cearam biscoito,
um come de mais, só ficaram 8.
Os oito soldados seguem o cadete,
perde-se um na estrada, só ficaram 7.
Vão sete soldados apanhar papéis,
um foge para casa, só ficaram 6.
Estes seis soldados acharam um brinco,
um vai ao ourives, só ficaram 5.
Os cinco soldados encontraram um rato,
Um foge assustado, só ficaram 4.
Os quatro soldados vão lavar os pés,
cai um no ribeiro, só ficaram 3.
Ficam três soldados a guardar os bois,
um vai para toureiro, só ficaram 2.
Dos dois, um deitou-se a fazer ó-ó,
foi-se embora o outro, ficou um só.
Este era o tambr e fez: trumm-tum-tum.
Cai de cansaço, não fica nenhum.
(Tradicional)
Era uma castanha que estava como as outras, pendurada de um castanheiro.
Chegando o tempo, as castanhas amadurecem e caem por si. Só que esta não caiu.
– Estou bem onde estou e não quero aventuras – dizia.
Uma a uma, as outras dos ramos iam caindo e rebolando pelo chão, protegidas pelo cobertor ouriçado que as cobria até ao nariz. Nariz é modo de dizer…
Vinham os garotos, estalavam-lhe os ouriços e metiam-nos nos bolsos.
A tímida e teimosa castanha desta história a tudo assistia do seu mirante e não gostava.
– A mim não me levam eles – dizia.
Era a única que sobrava em todo o castanheiro. As folhas a fugirem da árvore, sopradas pelo vento, e ela a afincar-se ao ramo, com unhas e dentes.
Unhas e dentes é um modo de dizer…
Sozinha, desabrigada, não estava feliz. Nem infeliz. Sentia até uma ponta de orgulho por ter conseguido resistir tanto tempo. Um sabor de vitória que a ouriçou toda.
– Ai que vou cair – gritou.
Mas, no último instante, conseguiu agarrar-se. Ainda não era daquela.
Entardecia. Um grupo de gente acendera uma fogueira, junto ao castanheiro. Os garotos, que tinham andado às castanhas, e os pais dos garotos e os amigos dos garotos riam e cantavam. Estavam a preparar o magusto da noite de São Martinho.
A castanha solitária, no alto do castanheiro nu, estranhou a vizinhança. E intrigou-se.
Que estaria a passar-se.
Debruçou-se do ramo mais e mais. A madeira a arder estalava, mesmo por baixo da castanha, a última. O fumo entontecia-a. E se fosse ver de perto o que se passava?
Foi. Caiu. E a história acaba aqui. Paciência. É o destino das castanhas. Destino é um modo de dizer…
Hoje deixo-vos uma história de António Torrado, para contarem aos vossos pequeninos e uma imagem para utilizarem com a técnica que melhor se adeque aos materiais existentes na vossa sala ou no meio envolvente.
Workshop Ilustração e Leitura Infantil
DESTINATÁRIOS ;
Psicólogos, Professores, Educadores de Infância, Psicopedagogos, Finalistas do Mestrado integrado de Psicologia.
OBJECTIVOS ;
Valorizar a literatura infantil e o seu enquadramento nos diferentes níveis etários.
Conhecer a intencionalidade e valor da ilustração e desenvolver técnicas para a mediação da leitura em diferentes fases do desenvolvimento.
Desenvolver práticas alternativas de associação entre domínios cognitivos e produção de materiais lúdicos.
PROGRAMA ;
A literatura e o desenvolvimento infantil.
Desenvolvimento cognitivo, estético e sócio-afectivo.
A interpretação de vários olhares sobre a estética da literatura e da ilustração infantil.
A importância fundamental da mediação.
METODOLOGIAS ;
Exposição de conteúdos, discussão de casos práticos e role-playings,
DURAÇÃO : 30 Horas
FORMADOR
Dr.ª Isabel Andrea (Psicóloga Educacional, Especialista em Expressões Lúdicas e Artísticas)
A sessão decorrerá das 9h30 às 13h00 e das 14h00 às 17h30, no dia 15 de Novembro.
CERTIFICADO
Os formandos terão acesso a um certificado de Workshop em Ilustração e Literatura Infantil, desde que frequentem, pelo menos, 1 sessão de formação (90%), uma vez que se trata de formação presencial.
INSCRIÇÕES
NÚMERO MÁXIMO DE FORMANDOS: 20
PROFISSIONAIS: 50€
FINALISTAS: 40€
LOCAL ; Lisboa (ISPA)
Poderá realizar a sua inscrição pelo correio enviando ficha de inscrição, cópia do BI, cópia do certificado de habilitações e os cheques à ordem de ISPA-CRL ou directamente no balcão dos serviços académicos.
Em caso de desistência, só haverá lugar a reembolso quando for comunicada até 8 de Novembro de 2008 (inclusive).
Para mais informação:
www.ispa.pt/ISPA/vPT/DFP/ProximasAccoes/Detalhe/?id=2&cursoid=805
Hoje é o Dia Mundial dos Correios, e é uma óptima oportunidade para explorar competências a vários níveis.
Será que os vossos meninos, já foram aos Correios? Já viram um selo e um envelope?
Será que sabem quem entrega o correio? Sabem que nome tem essa profissão?
Sabem onde se coloca o correio? E que é necessário colocar uma morada e um destinatário para a carta chegar ao seu destino?
Há muito para explorar, isto são apenas algumas ideias.
Deixo também algumas imagens de apoio ao tema.
Para sugestões/dúvidas/partilhas, utilize o e-mail : estrelinhas@educaçãodeinfancia.com .
Boas práticas!!!
LOCAL: Lendas e Calendas
R. Qta do Conde n.º 52 B Lj – 2855-083 CORROIOS
Contactos: Andreia Jardim – 968063318 – a.jardim@iol.pt – Sandra Cerejo – 917257300
www.lendasecalendas.com
CICLO EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO
1 de Novembro de 2008 – Sábado – 9h – 13h
Educação Estética e Expressão Plástica na Creche e Jardim de infância
Público Alvo: Auxiliares de Educação, Estudantes
Conteúdos:
– A Evolução do Grafismo infantil – dos 18 meses aos 10 anos
– A Etapas de Desenvolvimento segundo vários autores
– As técnicas fundamentais: Desenho, Pintura e Modelação – Vamos conhecer como se pode explorar cada uma destas técnicas.
– Espaços e Materiais
Atenção: Não se trata de uma sessão prática, mas sim de uma sessão teórica (com algumas ideias) para “pôr em prática” respeitando a Expressão da Criança
Formadora: Maria Teresa de Matos
Custo: 10 Euros Número mínimo – 15 participantes Número máximo – 30 participantes
Certificado de participação entregue no final da sessão de Formação
Nota:
Maria Teresa de Matos – Educadora de Infância – EMPL/ESE de Lisboa, Licenciatura e Mestrado em Ciências da Educação – FPCE- Lisboa
Formadora Reconhecida pelo – SNCP – Sistema Nacional de Certificação Profissional nº EDF 3288/98 DL
Formadora Reconhecida pelo Conselho Científico – Pedagógico de Formação Continua – Certificado de Registo de Formador nº CCPFC-03224/97
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Pré Inscrição (pode fotocopiar este documento e enviar por correio ou por email para a.jardim@iol.pt até dia 20 de Outubro para confirmar a sua presença )
Nome:……………………………………………………………………………………………………………
Morada………………………………………………………………………………………………………….
Telefone……………………Telemovel……………………………..Email…………………………………
Profissão……………………………………Local de Trabalho…………………………………………….
Se é estudante, Escola que Frequenta…………………………………………………………………….
Para saber mais sobre este novo espaço, local, contactos e eventos visite: www.lendasecalendas.com
Normalmente as crianças adoram puzzles, e se construídos por eles, deliram.
Estes dois puzzles, depois de imprimidos, pintados por eles e recortados (com o sem ajuda dependendo da idade) vão agradar a todos.
Podemos optar por colocar cartolina na parte de trás dos puzzles ou plastificar para que não se estraguem tão facilmente.
Morder…
Uma coisa muito comum nas Creches – mas que costuma provocar muita preocupação nos pais – são as mordidelas. Principalmente no período de adaptação, em que, além da maioria das crianças estar a viver a sua primeira experiência social extra-familiar, os grupos estão em fase de formação, de “primeiras impressões”, ou em situações de entrada de crianças novas para a sala, as mordidas quase sempre fazem parte da rotina diária das crianças. Não é fácil lidar com esta situação, tanto para os pais (é muito doloroso receber o filho com marcas de mordida!) , quanto para nós, Educadores (que nos sentimos impotentes, na maioria das vezes, sem conseguir impedir que elas aconteçam).
É importante pensarmos sobre este tema; Por que é que as crianças pequenas se mordem umas às outras e às vezes até a si mesmas? Expressão de agressividade? Violência? Stress? Sentimento de abandono?
As crianças pequenas geralmente mordem para conhecer. Para elas, tudo o que as cerca é objecto de interesse e alvo de curiosidade, inclusive as sensações. O conceito de dor, por exemplo, é algo que vai sendo construído a partir das suas vivências pessoais e principalmente sociais, e não é algo dado á priori.
Mordendo o outro, a criança experimenta e investiga elementos físicos, como a sua textura (as pessoas são duras? São moles? Rasgam? Partem?), a sua consistência, o seu gosto, o seu cheiro; elementos “sexuais” (no sentido mais amplo da palavra), na medida em que morder proporciona alívio para as suas necessidades orais (nelas, a libido está basicamente colocada na boca) e ainda investiga elementos de ordem social, isto é, que efeitos esta acção provoca no meio (o choro, o medo ou qualquer outra reacção do amiguinho, a reprovação do Educador, etc).
É claro que, vencida esta primeira etapa de investigação, algumas crianças podem persistir em morder, seja para confirmar as suas descobertas ou para “testar” o meio ambiente (disputa de poder, questionamentos de autoridade, etc). Ou ainda, pode ser uma tentativa de defesa: ela facilmente descobre que morder é uma atitude drástica. Raramente a mordida é um acto de agressividade, e muito menos de violência, a não ser que estejam a viver alguma situação de intenso stress emocional em que todos os demais recursos estejam esgotados.
Com o passar do tempo de trabalho em grupo, o Educador tem a possibilidade de planear as suas acções e estratégias no sentido de fazer com que as crianças possam reflectir, sobre esta questão.
Artigo da Psicopedagoga Claudia Sousa