Educao de Infancia
Dá-me bolinhos
Mas não só um.
Desde o almoço
Faço jejum.
Dá-me bolinhos
Mas não só dois.
Como um agora
Outro depois
Dá-me bolinhos
Mas não só três.
Que os vou papar duma só vez.
Dá-me bolinhos
Mas não só quatro,
Para os provar
Logo no quarto.
Dá-me bolinhos
Mas não só cinco.
Com tanta fome
Eu bem os trinco.
Dá-me bolinhos
Mas não só seis,
Todos maiores
Que bolos-reis.
Além da Lengalenga deixo estas ovelhas como inspiração para fazerem no tempinho dedicado à Expressão Plástica.
Andam sete alfaiates
para matar uma aranha.
Fortes são os alfaiates
que nem isso eles apanham.
Vêm setenta alfaiates
todos postos em campanha
com as tesouras abertas
para matar uma aranha.
Setecentos alfaiates
e tudo: – Farei, farei!
Para matar uma aranha
gritam: – Aqui d’el-rei!
Truz, truz
Truz, truz
Quem é?
É o homem do café
Quanto custa?
Um tostão!
Vá-se embora seu trapalhão
Truz, truz, Barnabé
Truz, truz, Barnabé
Foi à horta
Buscar café
Encontrou o chimpanzé
Que lhe deu um boné
Foram os dois só num pé
Tomar uma chávena de café
Mas encontrou o Zé
Que lhes roubou o boné
O Castelo de Chuchurumel
Aqui está a chave
Que abre a porta
Do castelo
De Chuchurumel.
Aqui está o cordel
Que prende a chave
Que abre a porta
Do castelo
De Chuchurumel
Aqui está o sebo
Que unta o cordel
Que prende a chave
Que abre a porta
Do castelo
De Chuchurumel.
Aqui está o rato
Que roeu o sebo
Que unta o cordel
Que prende a chave
Que abre a porta
Do castelo
De Chuchurumel.
Aqui está o gato
Que comeu o rato
Que roeu o sebo
Que unta o cordel
Que prende a chave
Que abre a porta
Do castelo
De Chuchurumel.
Aqui está o cão
Que mordeu o gato
Que comeu o rato
Que roeu o sebo
Que unta o cordel
Que prende a chave
Que abre a porta
Do castelo
De Chuchurumel.
Aqui está o pau
Que bateu no cão
Que mordeu o gato
Que comeu o rato
Que roeu o sebo
Que unta o cordel
Que prende a chave
Que abre a porta
Do castelo
De Chuchurumel.
Aqui está o lume
Que queimou o pau
Que bateu no cão
Que mordeu o gato
Que comeu o rato
Que roeu o sebo
Que unta o cordel
Que prende a chave
Que abre a porta
Do castelo
De Chuchurumel.
Aqui está a água
Que apagou o lume
Que queimou o pau
Que bateu no cão
Que mordeu o gato
Que comeu o rato
Que roeu o sebo
Que unta o cordel
Que prende a chave
Que abre a porta
Do castelo
De Chuchurumel.
Aqui está o boi
Que bebeu a água
Que apagou o lume
Que queimou o pau
Que bateu no cão
Que mordeu o gato
Que comeu o rato
Que roeu o sebo
Que unta o cordel
Que prende a chave
Que abre a porta
Do castelo
De Chuchurumel.
Aqui está o carniceiro
Que matou o boi
Que bebeu a água
Que apagou o lume
Que queimou o pau
Que bateu no cão
Que mordeu o gato
Que comeu o rato
Que roeu o sebo
Que unta o cordel
Que prende a chave
Que abre a porta
Do castelo
De Chuchurumel.
Aqui está a morte
Que levou o carniceiro
E que entrega a chave
Que abre a porta
Do castelo
De Chuchurumel
Calcanharico
Bico com bico
Sola com sola
enrrola enrrola.
Vão brincando com os pézinhos deles enquanto dizem esta lengalenga.
Esta é a mão direita
A esquerda é esta mão
Com esta digo sim
Com esta digo não
Levanto a direita ao céu
Apanho a esquerda ao chão
Agora já conheço
Já não faço confusão.
Pelas pernas visto os calções
Pelos braços a camisola
No pescoço ponho um laço
Nas mãos calço as luvas
Nos pés calço os sapatos
E na cabeça ponho um chapéu
Com um lenço assou o nariz
Nos olhos ponho os óculos
Nas orelhas ponho os brincos
Com a boca dou beijinhos.
O leiteiro vende leite
O padeiro faz pão
A peixeira vende peixe
O carvoeiro o carvão
Para apanhar o peixe, temos o pescador
Mas para cultivar legumes, lavra a terra o lavrador
Para ensinar a ler, já está pronto o professor
Mas se estamos a sofrer, o médico nos tira a dor.
Salto, salto com os pés
Mexo, mexo com as mãos
Volto, volto a cabeça
Tapo, tapo os meus olhos
Puxo, puxo p’las orelhas
Toco, toco no nariz
Façam todos como eu fiz.
Um, dois, três, quatro
A galinha mais o pato
Fugiram da capoeira
Foi atrás a cozinheira
Que lhes deu com um sapato
Um, dois, três, quatro
Um, dois, três, quatro
Quantos pêlos tem o gato?
Quando acaba de nascer
Um, dois, três, quatro.
Se tu visses o que eu vi,
havias de te admirar.
Uma cadela com pintos,
uma galinha a ladrar.
Se tu visses o que eu vi,
havias de te admirar.
Uma cobra a tirar água,
e um cavalo a dançar.
Se tu visses o que eu vi,
havias de te admirar.
Uma abelha a grunhir,
e um porco a voar.
Lá vai a vaca
chamada Estrelinha
metade é tua
e metade é minha
Ela é malhada
dá-me leitinho
eu bebo-o todo
devagarinho.
“Um milhão de beijinhos”
Maria vive no seu mundo alegre, doce e colorido. Certo dia algo acontece…
É urgente modificar o coração do pai. Então, a menina recorre ao seu fabuloso mundo imaginário, na tentativa de encontrar uma solução. Será que vai conseguir?
Era uma vez um mundo lindo e radioso como um sol…
Nesse mundo, havia uma menina que vivia numa casinha feita de cores e alegria.
A menina chamava-se Maria e tinha um quarto repleto de brinquedos.
Um armário com muitos vestidos, como as princesas.
E um jardim, onde Maria balançava e voava alto, lado a lado com o seu amigo vento e sonhava…
Um dia houve uma guerra, e o seu mundo tão bonito, perdeu o brilho tornando-se sombrio e triste.
Viviam-se tempos difíceis, e as riquezas de outrora desapareceram.
Apenas o coração de Maria se mantinha alegre, doce e colorido.
O seu jardim, era o espelho do seu coração.
Um dia enquanto por lá passeava, a menina encontrou um pedacito de papel prateado, feito de estrelas e pedaços de céu.
Maria teve então uma ideia… brilhante.
Embrulharia uma caixinha de fósforos, com o papel e ofereceria ao seu pai.
Assim pensou, assim o fez.
Talvez o presente amaciasse o coração do pai, agora, endurecido pela guerra.
Até…, talvez o pai voltasse a sorrir como dantes, pensou a menina.
Mas o pai não ficou nada, satisfeito!
– Não devias ter gasto dinheiro para comprar este papel prateado. Um papel tão especial deve ter custado um dinheirão! Tu não sabes que temos de poupar, para podermos comer?
O pai estava tão zangado, que nem deixou a menina falar.
Abriu a caixa…, a caixa está… VAZIA!
Maria tinha os olhos cheios de lágrimas, as quais lentamente rolavam pelas suas faces.
– Minha filha, tu nunca ouviste dizer, que quando se dá um presente a alguém, deve ter alguma coisa lá dentro?! – disse o pai.
– Mas a caixa não está vazia porque antes de a fechar…
eu soprei lá dentro um milhão de beijinhos!
O coração do pai que era tão pequenino, cresceu, cresceu imenso, tornando-se enorme e colorido.
Foi então a vez, do pai cobrir a menina de beijinhos de todas as cores e feitios.
Abraçaram-se com todo o carinho do mundo, num xi-coração muito apertado.
Tão apertado foi, que os seus corações permaneceram unidos para sempre.
LÉ, Elsa (2005). Um milhão de beijinhos. Porto: Ambar.
Uma história infantil para ler aos pequeninos e partilhar com os pais para reflexão…!!!