Educao de Infancia
Tenho uma familia
Que gosta de mim
Que me dá carinho e amor sem fim.
Somos muito unidos
E muito amiguinhos
Estamos sempre prontos a ajudar
E dar beijinhos
Um poema que pode ser usado como música.
Hoje vou contar-vos uma história, a história do Rato Dentolas; ou seja, a minha história: a história de um ratinho trabalhador.
Toda a minha família e eu vivíamos numa pequena casa: sim, o papá rato Dentolas e a mamã rata Anita.
A nossa casa era como todas as casas de ratinhos: um buraquinho (nem muito grande nem muito pequenino) para que nenhum gato nos pudesse apanhar.
Dentro havia rolinhos de lã que nos serviam de abrigo no Inverno, pedacinhos de jornal para que o papá soubesse sempre o que se estava a passar no mundo, queijinhos duros, brancos, com buracos e sem buracos (são os nossos preferidos).
Um dia tive uma ideia: mudar-nos! Mas para uma casa diferente das outras.
Uma casa muito grande, cómoda, limpa e muito branca.
Pensei, pensei, e decidi que o melhor seria ir viver para um castelo. Fui a correr, contei à minha família;
todos saltaram e abanaram os seus rabinhos com alegria.
Teríamos um castelo só para nós, sem gatos e com muitos queijinhos!
Então surgiu o grande problema: como é que o havíamos de construir?
A mamã pensou:
– Com algodão, mas… ia durar muito pouco.
O papá disse:
– Com papel! Não… voaria rapidamente.
Nesse momento ocorreu-me uma ideia genial: propor a todas as crianças do mundo que, quando lhes caíssem os dentes, mos entregassem a mim, para poder construir com eles o melhor e mais branco castelo jamais visto ou imaginado antes.
Isso sim, mas com uma condição: como sou muito tímido, os dentes que vos caírem, deverão deixá-los debaixo da almofada, para que quando estiverem a dormir, eu possa passar para ir buscá-los muito devagarinho e sem fazer nem um pequeno ruídinho. Mas, atenção!
Como somos ratos agradecidos e gostamos de fazer surpresas, vão ver que vou levar o dente mas vou deixar algo em troca.
O quê! Ah! Não, não se diz; se o dissesse, deixaria de ser uma surpresa.
Sabem uma coisa? Gostava que o meu castelo fosse o maior, que os vossos dentijolos ( dentes que são tijolos) estivessem sempre limpos, fortes e muito bem cuidados. Por isso lembrem-se de mim e cuidem bem deles, escovando-os como deve ser, não comendo demasiados doces e visitando o dentista.
E lembrem-se de que:
” Já no tempo dos meus avózinhos, o rato Dentolas juntava dentinhos.
Por isso, como disse o meu tio Martim, este é um castelo que não tem fim.”
Paty Bzel
Uma História para abordar e promover a Higiene Oral no Jardim de Infância.
É importante alertar pais e crianças para uma escovagem diária dos dentes tanto de manhã como à noite.
Estes hábitos e rotinas vão acompanhá-los para toda a vida, por isso, quanto mais cedo começarem melhor.
Muitas vezes as crianças não lavam os dentinhos por não saberem que é necessário e benéfico para a sua saúde oral mas cá estamos nós profissionais de Educação para os ajudar.
É também importante referir os doces em excesso que são terríveis para os dentinhos, por isso, considero que esta história infantil intitulada ” O Rato Dentolas” aborda muito bem essas temáticas, bem como a queda dos dentes, desdramatizando assim qualquer medo que possa existir na criança.
Depois da leitura da história podem surgir imensas actividades em diferentes áreas, é necessário que o Educador esteja atento e receptivo às propostas e ideias das crianças, pois a Higiene Oral é um tema que as crianças adoram.
Aos Avós
Os avós vêm de muito,
Muito longe…
E vêm cansados
De tão longa caminhada.
Cheios de pó, metem dó!
E vêm vergados
Por tantos anos vividos a trabalhar.
Também vêm sós
Tudo perderam pelo caminho:
A Elegância,
A Formosura,
Toda a frescura,
Os mais belos sonhos,
Anos risonhos,
Os seus amigos,
Os seus parentes,
Mesmo seus maiores afectos.
Apenas lhes resta o coração.
Esse, guardam-no religiosamente
Para amar,
E para dar
De presente
Aos seus netos!
Um lindo poema para o Dia dos Avós, uma homenagem sincera.
Partilhado pela Lurdes, de autor desconhecido.
Devemos aproximar a mãe e o pai da Educação do seu filho. Manter o contacto constante com a família é da máxima importância.
Nós no nosso Jardim de Infância, vamos fazer um lanchinho, para juntarmos todas as mães. Até vamos fazer um bolinho, ainda não sabemos é qual e bolachinhas das boas.
Vou sugerir algumas ideias de actividades para fazerem com os vossos pequeninos, para que eles possam dar prendinhas lindas às mães.
Estou a pensar fazer um painel com a Técnica de expressão plástica, digitinta e com as frases das mães e dos filhos. Acho que vai ficar um miminho.
Em 1988 as taxas de cobertura da educação pré-escolar (3-5 anos) rondavam os 36% (PRODEP, Programa para o Desenvolvimento Educativo em Portugal) comparativamente às taxas de países do Norte da Europa que abrangiam entre 60 a 80% das crianças. Em 1994 o Conselho Nacional de Educação convidou o conselheiro e investigador João Formosinho a emitir um parecer sobre a situação da Educação Pré-Escolar em Portugal (Formosinho, 1994). Este parecer evidenciou a fragmentação dos serviços por vários ministérios e a falta de coordenação entre eles; a inexistência de uma transição eficaz para o 1º ciclo do ensino básico; a predominância de funções assistenciais sobre as educativas; as diferenças de salários e de condições de trabalho entre os educadores de infância. O parecer, elaborado após amplo processo de consulta a profissionais, investigadores e serviços, foi muito bem aceite na opinião pública. Recomendava que o Estado, para além de apoiar financeiramente a educação pré-escolar, desempenhasse, em conjunto com as autarquias, um papel mais decisivo no processo de desenvolvimento do sistema de educação pré-escolar. Esta conjuntura trouxe a educação pré-escolar para o debate público e para a agenda política, tornando-a motivo de interesse nacional.
Após a mudança governamental de 1995 foi elaborado um Relatório Estratégico para o Desenvolvimento e Expansão da Educação Pré-Escolar (Formosinho e Vasconcelos, 1996), o qual deu origem ao Plano de Expansão e Desenvolvimento da Educação Pré-Escolar em Portugal (ME, 1996). Na sequência deste Plano foi apresentada à Assembleia da República a Lei-Quadro para a Educação Pré-Escolar (Lei 5/97), a qual dava orientações políticas claras para o processo de expansão da rede de jardins-de-infância. Considerava a educação pré-escolar como primeira etapa da educação básica, alicerce e suporte de uma educação ao longo da vida e consagrava a articulação de esforços entre o Ministério da Educação e o Ministério da Solidariedade no sentido de garantir a dupla componente educativa e social da educação de infância. Introduzia ainda o conceito de tutela pedagógica única e definia a existência de uma «rede nacional de educação pré-escolar» constituída por estabelecimentos de iniciativa pública e privada, nomeadamente solidária.
A Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar definia assim os objectivos para a educação pré-escolar (artigo 10º):
• Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança com base em experiências de vida democrática numa perspectiva de educação para a cidadania;
• Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos, no respeito pela pluralidade das culturas, favorecendo uma progressiva consciência do seu papel como membro da sociedade;
• Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso da aprendizagem;
• Estimular o desenvolvimento global de cada criança, no respeito pelas suas características individuais, incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens significativas e diversificadas;
• Desenvolver a expressão e a comunicação através da utilização de linguagens múltiplas como meios de relação, de informação, de sensibilização estética e de compreensão do mundo;
• Despertar a curiosidade e o pensamento crítico;
• Proporcionar a cada criança condições de bem-estar e segurança, designadamente no âmbito da saúde individual e colectiva;
• Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências e precocidades, promovendo a melhor orientação e encaminhamento da criança;
• Incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer relações de efectiva colaboração com a comunidade».
A nova lei preconizava objectivos não apenas ligados ao desenvolvimento sócio-emocional mas também intelectual, enunciava princípios claros de educação para a cidadania e afirmava o papel da educação pré-escolar na correcção de assimetrias sociais e na igualização de oportunidades. Concebia uma educação pré-escolar em estreita articulação com a educação de adultos e implicando o desenvolvimento destes à medida que participavam nas instituições para a infância.
“Meninos, ponham o cinto de segurança!”
“Vão sossegadinhos nos vossos lugares, não se zanguem uns com os outros!”
“Não façam muito barulho para eu não me distrair!”
“A mãe conta uma história para vocês!”
E lá vão todos a caminho da feira, muito bem dispostos, é sempre assim todas as semanas.
Porém, naquela segunda feira, aconteceu uma coisa diferente e que podia ter estragado a viagem. Foi assim:
A família do João partiu para a feira como era costume.
A certa altura, o pai do João vê o tio Manel, que era um senhor velhote que vivia perto deles, a caminhar na berma da estrada, parou a camioneta e perguntou ao velhote se queria boleia.
O tio Manel que também ia para a feira, ficou muito contente, já lhe doíam as pernas e a feira ainda era muito longe.
Mas o tio Manel não era lá muito cuidadoso e esqueceu-se de pôr o cinto de segurança.
O pai do João que ia a guiar não reparou e a família do João que ia entretida com a história que a mãe contava, também não reparou.
E lá continuaram a viagem com o tio Manel sem cinto de segurança e, ainda por cima, cansado de andar a pé e já um pouco velhote depressa adormeceu.
Tudo teria corrido bem, se não fosse uma galinha ruiva, que resolveu atravessar a estrada na altura na altura em que a camioneta da família do João ia a passar.
O pai do João, sempre atento, teve de travar com força para não atropelar a galinha.
Todos sentiram a travagem, mas iam com o cinto de segurança, nada aconteceu.
O pobre do tio Manel é que não saiu muito bem.
Como ia a dormir sem o cinto de segurança, bateu com a cabeça com toda a força no banco da frente e fez um grande galo mesmo no meio da testa!
O tio Manel é que ficou bem envergonhado com a falta de cuidado, com uma valente dor de cabeça e um galo que ia cantar à meia noite!!.
Quando chegaram à feira, o tio Manel prometeu que nunca mais iria viajar sem o cinto de segurança, pois era muito perigoso e para o provar bastava ver o grande galo vermelho mesmo no meio da testa.
Jardim de Infância de Pouca Pena
Soure – Coimbra
Ao explorar esta história com as crianças, o Educador de Infância está a contribuir para o desenvolvimento dos seguintes subtemas de Educação Rodoviária para a Educação Pré-Escolar:
• Transporte de crianças nos veículos em cadeiras de segurança
• Comportamentos adequados e inadequados dos utentes
• Associação da necessidade de regras de trânsito com a sua própria segurança
O Dia do pai está para breve, por isso, coloco aqui imagens, que podem utilizar na elaboração das prendinhas dos vossos pequeninos.