Educao de Infancia


Os Brinquedos na Educação Pré-Escolar

Set 20, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: As nossas leituras, Educação de Infância, Pais

A criança precisa de inovar e de criar. Não é necessário ter muitos brinquedos ao mesmo tempo. Ela pode mudar de um para o outro, insatisfeita diante de uma escolha tão grande.

A maneira de normal das crianças aprenderem é a brincar. Para elas, brincar e aprender não são actividades antagónicas, por isso, beneficiam se lhes forem proporcionadas situações de aprendizagem divertidas.

Uma criança muito pequena precisa de brinquedos que estimulem os cinco sentidos, os adequados para um bebé com menos de um ano são aqueles que lhes proporcionam a experiência de cores, texturas, materiais e formas interessantes e variadas. Os que fazem barulho e reagem a acções, como os guizos, dão-lhe uma sensação de controlo e estimulam o desenvolvimento das competências de manipulação e de coordenação.

O bebé tem necessidade de conhecer e sentir a consciência dos materiais, a forma e as cores diversas. O bebé deve ter muito tempo para essas explorações. Uma das formas de estimular o desenvolvimento do bebé é criar as condições para brincadeiras criativas num ambiente estimulante.
O melhor brinquedo para uma criança é aquele que a fascina eternamente e ao qual ela volta sempre, porque lhe oferece cada vez mais estimulo e divertimento. E quanto menos elaborado e mais básico for o brinquedo, mais possibilidades oferece à imaginação da criança.

É importante não ignorar que à medida que os bebés se desenvolvem, necessitam de estímulos diferentes e a escolha de brinquedos deve reflectir essas diferentes necessidades.

Fonte: Programação e planificação na creche 0-1 ano: Bola de Neve

Como será que a criança aprende?

Set 14, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: As nossas leituras, Metodologias

A criança tem tudo a aprender. E o adulto está presente para a andaimar no seu processo de aprendizagem. Mas será que o adulto percebe que, tal como nós, a criança aprende aquilo que realmente é importante e relevante para si? A resposta e esta questão é-nos dada por Carl Rogers (cit por Norman Sprinthall e Richard Sprinthall, 1990, p. 321 e 322), que durante toda a sua carreira sublinhou a importância da qualidade das relações interpessoais e ressalva que a forma como nos relacionamos com os outros é central para o nosso desenvolvimento pessoal.

É essencial definir, desde já, que o importante não é saber o que nós, adultos, devemos ensinar às crianças, mas sim como elas aprendem, como se constrói a sua pessoa e o seu conhecimento do mundo.

Por outro lado, torna-se importante distinguir compreensão de aprendizagem. A primeira, significa “fazer a apreensão de”. A compreensão de algo é um processo quase imediato sendo apenas necessário comparar o que se apreende – o que se faz neste momento e o que se fez no momento anterior. Para além disso, para se compreender algo é necessário “estar interessado em”.

EQUILÍBRIO ENTRE A INICIATIVA E O TRABALHO DIRIGIDO PELA EDUCADORA

3) ASPECTOS EMOCIONAIS: É a necessidade dos educadores privilegiarem esses aspectos, tudo é influenciado por aspectos emocionais.

Segurança e bem está se a criança se sentir segura emocionalmente na escola, sente vontade de está ali. Assim, ela sente-se capaz de correr mais riscos – pergunta mais e sem vergonha. Ao contrário, a insegurança emocional provoca medo e impede a evolução. Devemos então romper com os formalismos excessivos, dar flexibilidade nas estruturas de funcionamento e criar actividades de expressão emotiva.

4) LINGUAGEM ENRRIQUECIDA: A linguagem constrói o pensamento. É importante exercitar a linguagem, tanto na formação de um vocabulário mais enriquecido e preciso como numa construção sintácticas mais complexas. É importante criar oportunidades para a criança falar.  

5) DIFERENCIAÇÃO DE ACTIVIDADES: Devemos promover, como educadores, todas as áreas, de modo a que as crianças se estimulem e motivem.

6) NECESSIDADE DE ROTINAS ESTÁVEIS: Promove segurança, autonomia e responsabilidade.

7) MATERIAIS DIVERSIFICADOS E POLIVALENTES

8) ATENÇÃO INDIVIDUALIZADA A CADA CRIANÇA

9) AVALIAÇÃO = Processo individual de cada criança
Análise global de todo o grupo, tendo em conta o projecto educativo da escola, o espaço/materiais, actividades/experiências a efectuar e o desempenho do educador

10) TRABALHO DO EDUCADOR

A Nossa Agenda de Planificação

Mai 25, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Educação de Infância

A nossa agenda de planificação 2009/2010 da Editora Ediba, responsável pela revista de Educadores de Infância, Professores de 1º e 2º Ciclo do Ensino Básico, The Theacher´s Magazine, entre outras, já se encontra à venda em qualquer quiosque ou livraria.

Eu ainda não adquiri a minha, mas assim que souber coloco o valor pela qual está a ser vendida. Pelo menos o aspecto e algum do seu conteúdo, já tive posso partilhar.

Esta agenda é composta por:

Fichas para registar os dados do grupo de crianças, da instituição e colegas de trabalho.

Grelhas de registo para planificar a actividade lectiva, o plano anual de actividades, reuniões de avaliação e reuniões com pais.

E em cada mês tem;

As efemérides;

Uma reflexão sobre a actividade docente e a prática educativa;

Biografias de alguns nomes de referência na pedagogia, psicologia ou pediatria infantil;

Semanalmente, 2 páginas para o desenvolvimento de propostas pedagógicas;

E, em cada mês, uma prática sugestão para planificar os vários mini-projectos que vão surgindo ao longo do ano lectivo.

Há, ainda, espaço para reflectir, avaliar e registrar a actividade docente, analisar as necessidades e interesses do grupo, definir prioridades e áreas de interesse.

Estou certa que será uma ferramenta útil para muitos de nós.

Em 1988 as taxas de cobertura da educação pré-escolar (3-5 anos) rondavam os 36% (PRODEP, Programa para o Desenvolvimento Educativo em Portugal) comparativamente às taxas de países do Norte da Europa que abrangiam entre 60 a 80% das crianças. Em 1994 o Conselho Nacional de Educação convidou o conselheiro e investigador João Formosinho a emitir um parecer sobre a situação da Educação Pré-Escolar em Portugal (Formosinho, 1994). Este parecer evidenciou a fragmentação dos serviços por vários ministérios e a falta de coordenação entre eles; a inexistência de uma transição eficaz para o 1º ciclo do ensino básico; a predominância de funções assistenciais sobre as educativas; as diferenças de salários e de condições de trabalho entre os educadores de infância. O parecer, elaborado após amplo processo de consulta a profissionais, investigadores e serviços, foi muito bem aceite na opinião pública. Recomendava que o Estado, para além de apoiar financeiramente a educação pré-escolar, desempenhasse, em conjunto com as autarquias, um papel mais decisivo no processo de desenvolvimento do sistema de educação pré-escolar. Esta conjuntura trouxe a educação pré-escolar para o debate público e para a agenda política, tornando-a motivo de interesse nacional.

Após a mudança governamental de 1995 foi elaborado um Relatório Estratégico para o Desenvolvimento e Expansão da Educação Pré-Escolar (Formosinho e Vasconcelos, 1996), o qual deu origem ao Plano de Expansão e Desenvolvimento da Educação Pré-Escolar em Portugal (ME, 1996). Na sequência deste Plano foi apresentada à Assembleia da República a Lei-Quadro para a Educação Pré-Escolar (Lei 5/97), a qual dava orientações políticas claras para o processo de expansão da rede de jardins-de-infância. Considerava a educação pré-escolar como primeira etapa da educação básica, alicerce e suporte de uma educação ao longo da vida e consagrava a articulação de esforços entre o Ministério da Educação e o Ministério da Solidariedade no sentido de garantir a dupla componente educativa e social da educação de infância. Introduzia ainda o conceito de tutela pedagógica única e definia a existência de uma «rede nacional de educação pré-escolar» constituída por estabelecimentos de iniciativa pública e privada, nomeadamente solidária.

A Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar definia assim os objectivos para a educação pré-escolar (artigo 10º):
•    Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança com base em experiências de vida democrática numa perspectiva de educação para a cidadania;
•    Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos, no respeito pela pluralidade das culturas, favorecendo uma progressiva consciência do seu papel como membro da sociedade;
•    Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso da aprendizagem;
•    Estimular o desenvolvimento global de cada criança, no respeito pelas suas características individuais, incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens significativas e diversificadas;
•    Desenvolver a expressão e a comunicação através da utilização de linguagens múltiplas como meios de relação, de informação, de sensibilização estética e de compreensão do mundo;
•    Despertar a curiosidade e o pensamento crítico;
•    Proporcionar a cada criança condições de bem-estar e segurança, designadamente no âmbito da saúde individual e colectiva;
•    Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências e precocidades, promovendo a melhor orientação e encaminhamento da criança;
•    Incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer relações de efectiva colaboração com a comunidade».

A nova lei preconizava objectivos não apenas ligados ao desenvolvimento sócio-emocional mas também intelectual, enunciava princípios claros de educação para a cidadania e afirmava o papel da educação pré-escolar na correcção de assimetrias sociais e na igualização de oportunidades. Concebia uma educação pré-escolar em estreita articulação com a educação de adultos e implicando o desenvolvimento destes à medida que participavam nas instituições para a infância.

Ensinarás…

Mar 3, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Educação de Infância, O nosso cantinho

Ensinarás…

Ensinarás a voar…
Mas não voarão o teu voo.
Ensinarás a sonhar…
Mas não sonharão o teu sonho.
Ensinarás a viver…
Mas não viverão a tua vida.
Ensinarás a cantar…
Mas não cantarão a tua canção.
Ensinarás a pensar…
Mas não pensarão como tu.
Porém, saberás que cada vez que voem, sonhem, vivam, cantem e pensem…
Estará a semente do caminho ensinado e aprendido!

(Madre Teresa de Calcutá)

O que um Educador deve ser

Fev 27, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Educação de Infância

Um educador

Um educador(a) deve ser…

Criativo como Picasso
Poliglota
Rápido como um relâmpago
Alegre como pinson
Terno como um pintainho
Engenhoco como um Estrumfe

Além disso, deve ter…

Uma memória de elefante
Uma paciência de anjo
Resistência a qualquer prova
Olhos à volta da cabeça
Um filtro nasal
Resposta automático integrado
Um microfone incorporado
Umas costas largos
Orelhas biónicas com controlo de intensidade
Oito braços como um polvo
Um coração como Phil Latulippe
Dedos de fada
Pernas de atleta
Uma bexiga de cinco litros
Um sistema imunitário revolucionário
Uma mulher (homem) orquestra!

Um super homem/uma super mulher

(uma partilha da minha querida Terkina)


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