Educao de Infancia


O Semáforo

Mai 24, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Estimulação à leitura e à escrita, Histórias Infantis

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Narrador

“Zé Gadelhas, com os olhos como abelhas, tinha vindo do campo para a cidade. Estava em casa do João Pimpão, com os olhos de carvão, que era seu compadre. Sempre que Zé Gadelhas, com os olhos como abelhas, saía a passear encontrava coisas de espantar…
Então vinha a correr para junto do João Pimpão, com os olhos de carvão, e punha-se a contar e a perguntar…”

Zé Gadelhas
“ Ah! João Pimpão, como bate o meu coração, eu devo ter febre João Pimpão, eu devo ter um febrão! Ah! João Pimpão, se calhar sou eu que estou doido… Sabes lá… João Pimpão, eu tive uma visão… vi assim uma coisa de espantar!…

João Pimpão
“Ó Zé Gadelhas, com os olhos como abelhas, vamos lá a acalmar e falar devagar. Conta lá o que sucedeu, o que aconteceu… mas sem ser a gritar!

Zé Gadelhas
“João Pimpão, meu amigo e compadre, tu se calhar não vês o mesmo que eu porque tens os olhos cor de carvão. Eu vi uma árvore, magricela, sem ramos nem raminhos, nem ninhos e que não era nada, nada bela!”

João Pimpão
“ Ó Zé gadelhas, com olhos de abelhasa, tu viste uma árvore magricela, sem ramos nem raminhos, sem ninhos e que não era nada bela. Onde está a admiração?”

Zé Gadelhas
“ João Pimpão, João Pimpão, com olhos cor de carvão, lá na minha terra não há árvores assim, não. É preciso vir a Primavera e depois, o Verão para o botão virar flor e a flor mostrar o coração que é assim primeiro um fruto esverdeado e depois encarnado!

João Pimpão
“ Olha a novidade, Zé Gadelhas! Isso toda a gente sabe…”

Zé Gadelhas
“ Então João Pimpão, com os olhos de carvão, diz-me lá como é que a árvore magricela põe o fruto maduro sem ser Verão?  Ah João Pimpão, eu devo estar com um febrão… não há árvores assim não…
Olhei para a árvore e tinha um fruto como um balão, muito gorducho e muito verducho. Era mesmo um fruto esverdeado. Nisto, eu Zé Gadelhas, com olhos como abelhas, ainda estava a olhar, vai o fruto mudou de lugar e ficou amarelado. Então João Pimpão com olhos cor de carvão, o meu coração começou a saltar! Eu Zé Gadelhas, com olhos como abelhas, esfreguei os olhinhos para ver se era confusão, ou se estava com uma visão. E quando fui olhar, lá estava a árvore magricela, sem ramos, nem raminhos, nem ninhos, nada bela, e vai disto o fruto como um balão mudou outra vez de lugar, e de amarelado ficou encarnado! Isto sem Verão…”

João Pimpão
“ Ah Zé Gadelhas, com os olhos como abelhas, isso não era uma árvore, não… era um semáforo… Zé Gadelhas”

Zé Gadelhas
“Um quê, João Pimpão? Uma semana para deitar fora? Ah João Pimpão, com os olhos de carvão, afinal também andas a regular mel…”

João Pimpão
“Zé Gadelhas, Zé Gadelhas, com olhos como abelhas, eu disse que era um semáforo e não uma semana para deitar fora. Vê lá se lavas os ouvidos que os deves trazer entupidos e se prestas atenção, porque eu, João Pimpão, só tenho obrigação de dizer uma vez! Ouve então:
Semáforo é um sinal luminoso, com três luzes, com três, a apagar e a acender. Se o verde acender está a avisar que o carro pode passar. Se for o amarelo a brilhar, está a dizer cuidado, vai aparecer o encarnado, e se for o encarnado, está a gritar – o carro não pode avançar, tem de ficar parado!
Zé Gadelhas, Zé Gadelhas, estás a entender? Estás a perceber?

Zé Gadelhas
“Óh João Pimpão e o outro que tem lá dentro um lagartão? Esse não é um fruto, não?”

João Pimpão
“Ah, esse é para o peão.”

Zé Gadelhas
“ João Pimpão, o peão é cego, vai para onde alguém o jogar, enrola-se a guita, atira-se e ele fica a rodar, a girar, a zumbir ou a dormir! O pião, João Pimpão, não tem olhos para ver a luz a acender…”

João Pimpão
“ Zé Gadelhas, Zé Gadelhas, há o pião de brincar que se escreve p i a o, com um til lá no ar, e há o peão, que é a pessoa que anda a pé, e que se escreve com é!”

Zé Gadelhas
“ E o lagartão, que estava lá no balão? Eu vi um lagartão! Juro que vi!”

João Pimpão
“ Zé Gadelhas, com olhos como abelhas, precisas de ir ao oculista porque andas mal da vista!
A bola que viste não tinha um lagartão, nem um lagartinho, mas sim um bonequinho, a levantar o pé. Se obonequinho verde aparecer está a avisar – Zé Gadelhas, tu que és um peão, pois andas a pé, podes avançar. Se o bonequinho estiver encarnado está a gritar – Zé Gadelhas, não podes atravessar! Se for um bonequinho amarelo, a tremer, a piscar, está a dizer – Zé Gadelhas é preciso cuidado, olha bem para todo o lado…”

Zé Gadelhas
“Ah João Pimpão, com olhos de carvão, obrigado pela lição. Já começo a entender… e a saber…”

João Pimpão
“Zé Gadelhas, com olhos como abelhas, cada um de nós tem um saber diferente. Aqui na cidade sou eu que sei a novidade, sou eu que sei como as coisas são! Mas lá no campo, muito tenho de aprender… Serás tu, Zé Gadelhas, que me irás ensinar como semear! Serás tu com o teu saber diferente que me irás explicar como as coisas são… como é que a semente chega ao pão!”

Zé Gadelhas (abraçando o João Pimpão)
“ Ah, João Pimpão, meu amigo, meu compadre, meu irmão!”

Prevenção Rodoviária

Gosto muito da minha Família

onde todos me querem bem

O avô, a avó e os manos

`inda mais o Pai e a Mãe.

Ao Papá ,e à Mamã

Quero sempre com carinho

P`ro Papá e p`ra mamã

Vai agora o meu beijinho.

O Dia da Família também é nosso

Mai 17, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Educação de Infância

Tenho uma familia

Que gosta de mim

Que me dá carinho e amor sem fim.

Somos muito unidos

E muito amiguinhos

Estamos sempre prontos a ajudar

E dar beijinhos

Um poema que pode ser usado como música.

Festa da Família no Jardim de Infância

Mai 15, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Estimulação à leitura e à escrita, Poesia

Um poema para toda a família:

A família é o lugar
onde a tristeza não passa,
se cultiva a ternura
e o amor se dá de graça.
É um tempo e um lugar
que te ensina a partilhar
e a conjugar devagar
em liberdade ou com regras,
em silêncio ou bem alto
as formas do verbo amar!

O Rato Dentolas

Mai 13, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Educação de Infância

Hoje vou contar-vos uma história, a história do Rato Dentolas; ou seja, a minha história: a história de um ratinho trabalhador.
Toda a minha família e eu vivíamos numa pequena casa: sim, o papá rato Dentolas e a mamã rata Anita.
A nossa casa era como todas as casas de ratinhos: um buraquinho (nem muito grande nem muito pequenino) para que nenhum gato nos pudesse apanhar.
Dentro havia rolinhos de lã que nos serviam de abrigo no Inverno, pedacinhos de jornal para que o papá soubesse sempre o que se estava a passar no mundo, queijinhos duros, brancos, com buracos e sem buracos (são os nossos preferidos).
Um dia tive uma ideia: mudar-nos! Mas para uma casa diferente das outras.
Uma casa muito grande, cómoda, limpa e muito branca.
Pensei, pensei, e decidi que o melhor seria ir viver para um castelo. Fui a correr, contei à minha família;
todos saltaram e abanaram os seus rabinhos com alegria.
Teríamos um castelo só para nós, sem gatos e com muitos queijinhos!
Então surgiu o grande problema: como é que o havíamos de construir?

A mamã pensou:
– Com algodão, mas… ia durar muito pouco.
O papá disse:
– Com papel! Não… voaria rapidamente.
Nesse momento ocorreu-me uma ideia genial: propor a todas as crianças do mundo que, quando lhes caíssem os dentes, mos entregassem a mim, para poder construir com eles o melhor e mais branco castelo jamais visto ou imaginado antes.
Isso sim, mas com uma condição: como sou muito tímido, os dentes que vos caírem, deverão deixá-los debaixo da almofada, para que quando estiverem a dormir, eu possa passar para ir buscá-los muito devagarinho e sem fazer nem um pequeno ruídinho. Mas, atenção!
Como somos ratos agradecidos e gostamos de fazer surpresas, vão ver que vou levar o dente mas vou deixar algo em troca.
O quê! Ah! Não, não se diz; se o dissesse, deixaria de ser uma surpresa.
Sabem uma coisa? Gostava que o meu castelo fosse o maior, que os vossos dentijolos ( dentes que são tijolos) estivessem sempre limpos, fortes e muito bem cuidados. Por isso lembrem-se de mim e cuidem bem deles, escovando-os como deve ser, não comendo demasiados doces e visitando o dentista.

E lembrem-se de que:
” Já no tempo dos meus avózinhos, o rato Dentolas juntava dentinhos.
Por isso, como disse o meu tio Martim, este é um castelo que não tem fim.”

Paty Bzel

Uma História para abordar e promover a Higiene Oral no Jardim de Infância.

É importante alertar pais e crianças para uma escovagem diária dos dentes tanto de manhã como à noite.

Estes hábitos e rotinas vão acompanhá-los para toda a vida, por isso, quanto mais cedo começarem melhor.

Muitas vezes as crianças não lavam os dentinhos por não saberem que é necessário e benéfico para a sua saúde oral mas cá estamos nós profissionais de Educação para os ajudar.

É também importante referir os doces em excesso que são terríveis para os dentinhos, por isso, considero que esta história infantil intitulada ” O Rato Dentolas”  aborda muito bem essas temáticas, bem como a queda dos dentes, desdramatizando assim qualquer medo que possa existir na criança.

Depois da leitura da história podem surgir imensas actividades em diferentes áreas, é necessário que o Educador esteja atento e receptivo às propostas e ideias das crianças, pois a Higiene Oral é um tema que as crianças adoram.

Poema para os avós

Mai 11, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Educação de Infância

Aos Avós

Os avós vêm de muito,

Muito longe…

E vêm cansados

De tão longa caminhada.

Cheios de pó, metem dó!

E vêm vergados

Por tantos anos vividos a trabalhar.

Também vêm sós

Tudo perderam pelo caminho:

A Elegância,

A Formosura,

Toda a frescura,

Os mais belos sonhos,

Anos risonhos,

Os seus amigos,

Os seus parentes,

Mesmo seus maiores afectos.

Apenas lhes resta o coração.

Esse, guardam-no religiosamente

Para amar,

E para dar

De presente

Aos seus netos!

Um lindo poema para o Dia dos Avós, uma homenagem sincera.

Partilhado pela Lurdes, de autor desconhecido.

Livros:

A flor Rosalina, Série Cantar de Galo, Colecção Montanha Encantada Everest Editora

David McKee “Elmer” da Caminho

Livro “Elefantes e Formigas”, da Caminho;

Livro “O patinho feio”da Majora

Luísa Ducla Soares, Manuela Bacelar “Os ovos misteriosos” das Edições Afrontamento

Maria Rius “A Aventura do Elefante Azul” de Editora Nova Variante

Zacarias “Matilde, a galinha diferente” Série Cantar de Galo, Colecção Montanha, Everest Editora

ZacariasO rato ArturSérie Cantar de Galo, Colecção Montanha Encantada Everest Editora

Encaixe fundo marinho” da Areal Editores;

Materiais lúdicos:

Animais domésticos, selvagens e marinhos em plástico;

Quinta com muitos animais para visitar (dos pais de uma criança da sala);

Mais uma maravilhosa partilha da colega Maria Soares, muito obrigada.


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