Educao de Infancia


O Semáforo

Mai 24, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Estimulação à leitura e à escrita, Histórias Infantis

PEÇA PARA FANTOCHES

Narrador

“Zé Gadelhas, com os olhos como abelhas, tinha vindo do campo para a cidade. Estava em casa do João Pimpão, com os olhos de carvão, que era seu compadre. Sempre que Zé Gadelhas, com os olhos como abelhas, saía a passear encontrava coisas de espantar…
Então vinha a correr para junto do João Pimpão, com os olhos de carvão, e punha-se a contar e a perguntar…”

Zé Gadelhas
“ Ah! João Pimpão, como bate o meu coração, eu devo ter febre João Pimpão, eu devo ter um febrão! Ah! João Pimpão, se calhar sou eu que estou doido… Sabes lá… João Pimpão, eu tive uma visão… vi assim uma coisa de espantar!…

João Pimpão
“Ó Zé Gadelhas, com os olhos como abelhas, vamos lá a acalmar e falar devagar. Conta lá o que sucedeu, o que aconteceu… mas sem ser a gritar!

Zé Gadelhas
“João Pimpão, meu amigo e compadre, tu se calhar não vês o mesmo que eu porque tens os olhos cor de carvão. Eu vi uma árvore, magricela, sem ramos nem raminhos, nem ninhos e que não era nada, nada bela!”

João Pimpão
“ Ó Zé gadelhas, com olhos de abelhasa, tu viste uma árvore magricela, sem ramos nem raminhos, sem ninhos e que não era nada bela. Onde está a admiração?”

Zé Gadelhas
“ João Pimpão, João Pimpão, com olhos cor de carvão, lá na minha terra não há árvores assim, não. É preciso vir a Primavera e depois, o Verão para o botão virar flor e a flor mostrar o coração que é assim primeiro um fruto esverdeado e depois encarnado!

João Pimpão
“ Olha a novidade, Zé Gadelhas! Isso toda a gente sabe…”

Zé Gadelhas
“ Então João Pimpão, com os olhos de carvão, diz-me lá como é que a árvore magricela põe o fruto maduro sem ser Verão?  Ah João Pimpão, eu devo estar com um febrão… não há árvores assim não…
Olhei para a árvore e tinha um fruto como um balão, muito gorducho e muito verducho. Era mesmo um fruto esverdeado. Nisto, eu Zé Gadelhas, com olhos como abelhas, ainda estava a olhar, vai o fruto mudou de lugar e ficou amarelado. Então João Pimpão com olhos cor de carvão, o meu coração começou a saltar! Eu Zé Gadelhas, com olhos como abelhas, esfreguei os olhinhos para ver se era confusão, ou se estava com uma visão. E quando fui olhar, lá estava a árvore magricela, sem ramos, nem raminhos, nem ninhos, nada bela, e vai disto o fruto como um balão mudou outra vez de lugar, e de amarelado ficou encarnado! Isto sem Verão…”

João Pimpão
“ Ah Zé Gadelhas, com os olhos como abelhas, isso não era uma árvore, não… era um semáforo… Zé Gadelhas”

Zé Gadelhas
“Um quê, João Pimpão? Uma semana para deitar fora? Ah João Pimpão, com os olhos de carvão, afinal também andas a regular mel…”

João Pimpão
“Zé Gadelhas, Zé Gadelhas, com olhos como abelhas, eu disse que era um semáforo e não uma semana para deitar fora. Vê lá se lavas os ouvidos que os deves trazer entupidos e se prestas atenção, porque eu, João Pimpão, só tenho obrigação de dizer uma vez! Ouve então:
Semáforo é um sinal luminoso, com três luzes, com três, a apagar e a acender. Se o verde acender está a avisar que o carro pode passar. Se for o amarelo a brilhar, está a dizer cuidado, vai aparecer o encarnado, e se for o encarnado, está a gritar – o carro não pode avançar, tem de ficar parado!
Zé Gadelhas, Zé Gadelhas, estás a entender? Estás a perceber?

Zé Gadelhas
“Óh João Pimpão e o outro que tem lá dentro um lagartão? Esse não é um fruto, não?”

João Pimpão
“Ah, esse é para o peão.”

Zé Gadelhas
“ João Pimpão, o peão é cego, vai para onde alguém o jogar, enrola-se a guita, atira-se e ele fica a rodar, a girar, a zumbir ou a dormir! O pião, João Pimpão, não tem olhos para ver a luz a acender…”

João Pimpão
“ Zé Gadelhas, Zé Gadelhas, há o pião de brincar que se escreve p i a o, com um til lá no ar, e há o peão, que é a pessoa que anda a pé, e que se escreve com é!”

Zé Gadelhas
“ E o lagartão, que estava lá no balão? Eu vi um lagartão! Juro que vi!”

João Pimpão
“ Zé Gadelhas, com olhos como abelhas, precisas de ir ao oculista porque andas mal da vista!
A bola que viste não tinha um lagartão, nem um lagartinho, mas sim um bonequinho, a levantar o pé. Se obonequinho verde aparecer está a avisar – Zé Gadelhas, tu que és um peão, pois andas a pé, podes avançar. Se o bonequinho estiver encarnado está a gritar – Zé Gadelhas, não podes atravessar! Se for um bonequinho amarelo, a tremer, a piscar, está a dizer – Zé Gadelhas é preciso cuidado, olha bem para todo o lado…”

Zé Gadelhas
“Ah João Pimpão, com olhos de carvão, obrigado pela lição. Já começo a entender… e a saber…”

João Pimpão
“Zé Gadelhas, com olhos como abelhas, cada um de nós tem um saber diferente. Aqui na cidade sou eu que sei a novidade, sou eu que sei como as coisas são! Mas lá no campo, muito tenho de aprender… Serás tu, Zé Gadelhas, que me irás ensinar como semear! Serás tu com o teu saber diferente que me irás explicar como as coisas são… como é que a semente chega ao pão!”

Zé Gadelhas (abraçando o João Pimpão)
“ Ah, João Pimpão, meu amigo, meu compadre, meu irmão!”

Prevenção Rodoviária

<“A GUERRA DOS SINAIS” Narrador: Em dia de tempestade e de grande vendaval! o vento soprou, soprou...e os sinais de trânsito arrancou aqui um sinal, além outro sinal e com a fúria do seu soprar os sinais de trânsito acabou por juntar. então uma coisa mais triste aconteceu: em lugar da desgraça os unir os sinais de trânsito entraram a discutir e cada um gritava – o rei aqui sou “eu” e este espaço é para mim, e é só meu. Sinal triangular: Olhem bem para mim: tenho um chapéu de três bicos como o dum general. Como eu não há igual o rei aqui sou eu e este espaço é só meu. Eu, o sinal triangular É que sei avisar sou o sinal de perigo eu é que sou o verdadeiro amigo do carro e do peão digo e aviso antes de acontecer... como é que um carro há de saber que uma curva vai aparecer ou uma lomba ou um cruzamento, ou passagem de nível, ou entroncamento se não for eu a dizer? Perigo – grito eu com o meu chapéu de três bicos como o de um general como eu não há igual eu é que sou o rei e este espaço é só meu. Narrador:  Então o sinal circular todo de azul, cor do céu, cor do mar entrou também a falar e a ralhar: Sinal circular inteiramente azul: -    Olha, olha o toleirão do sinal triangular falando do seu chapéu de três bicos... Que é isso comparado com o meu fato cor do mar? Eu é que sou amigo do carro e do peão. Eu sou o sinal de obrigação eu obrigo e digo: é por aqui que vais passar por onde a seta te indicar e se for ciclista, é por esta pista. Eu é que sou o rei da sinalização sou o sinal de obrigação circular, todo azul, cor do céu cor do mar. Estou aqui para obrigar e digo – o rei sou eu e este espaço é só meu. -Narrador!  Respondeu o sinal circular com a coroa a avermelhar: Sinal circular com coroa vermelha: Ah, não e não, meus amigos, o rei aqui sou eu que proíbo e digo – não e não: Não podes estacionar! Não podes ultrapassar! Não podes virar! Não podes transitar nos dois sentidos! Ou apenas este sentido é proibido! Eu é que sou amigo do carro e do peão. sou o rei da sinalização pois sou o sinal de proibição. E tanto é verdade que sou rei Que uma coroa a avermelhar minha cabeça vai coroar. Sinal quadrangular: -    Deixem-me falar! O sinal triangular diz que tem um chapéu de três bicos como o de um general... Eu tenho dois chapéus de três bicos pegados e unidos pela diagonal. Sou general a dobrar. O sinal de obrigação anda por aí todo toleirão a gabar o seu fato azul, cor do céu, cor do mar... Ora azul, cor do céu, cor do mar é também o meu trajar... Não sou circular, sou quadrangular, sou o sinal de informação. Eu é que sou o rei da sinalização. Sou o rei a informar onde se pode telefonar, ou comer, ou dormir, onde há hospital ou gasolina, onde fica a oficina que o carro vai concertar. Eu, o sinal quadrangular, vestido de azul, cor do céu, cor do mar, com quatro lados e quatro bicos, aqui, onde me vêem, tenho muitos amigos porque sei informar. E nem preciso de coroa a avermelhar para ser rei e reinar como diz o sinal de proibição que é uma abóbora tola e oca que só sabe dizer não e não. O rei da sinalização sou eu que sei informar eu o sinal quadrangular e este espaço é só meu. Narrador:  Um sinaleiro que por ali passou o frio nos ossos, o vento nos ouvidos parou a saber a causa do chinfrim alguém estaria mal a precisar de ajuda, ou de hospital? Ouviu, ouviu, a tola discussão e disse por fim: Sinaleiro:    Basta de confusão. Não sei para quê tanta teima e toleima, se um sinal nada vale se aquele que passar não o souber decifrar. Vamos lá ter juízo... cada um no seu lugar A cumprir a sua missão. Todos são precisos. Como preciso é saber entender o que um sinal quer dizer. Um sozinho nada vale seja homem, ou sinal e cada um, ao outro é igual... Narrador:  Envergonhados os sinais sentiram a razão daquele homem de grande coração. E nunca, nunca mais, falaram de reis ou de reinados e cada um foi cumprir a sua missão.

Prevenção Rodoviária Portuguesa

A Rua da minha escola

Mar 28, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Estimulação à leitura e à escrita, Histórias Infantis

Era uma vez uma escola que tinha uma rua.
Margarida estudava nessa escola que tinha essa rua, onde havia muitos carros que quando passavam apitavam fazendo muito barulho e fazia doer os ouvidos dos meninos.
Vou contar-vos um sonho que a Margarida teve.
A história começa assim:
Margarida ia para a escola, quando encontrou um sinal:
– Olá! – disse o sinal
Mas Margarida continuou em frente sem ouvir tal cumprimento e o sinal repetiu:
– Eh! Menina… Bom dia!
Margarida olhou para trás e ficou muito admirada e disse:
– Ah!… tantas vezes que aqui passo e nunca te tinha visto.
Mostrando-se zangado o sinal disse-lhe:
– Pois é! Nunca ninguém repara em mim, mas fica sabendo que todos me deviam dar muita atenção, porque eu sou muito importante. Já leste o que eu tenho escrito?…
– “Reduza a velocidade: escola”
Ah!…então és tu que avisas os carros para andarem mais devagarinho. E eles não te ligam?
Não! E é por isso que resolvi mostrar-me: chamando devagarinho, gritando, saltando… para dar nas vistas!
Olhando para o relógio, Margarida vê que está atrasada:
-    Gostei muito de falar contigo, adeus. Vou contar aos meus amigos a tua importância.
Mais à frente Margarida encontrou outro sinal, desta vez uma passadeira e disse-lhe:
-    Olá! Vou passar! Importas-te?
O sinal respondeu:
-    Claro que não! É para isso que eu sirvo. Todos passam por cima de mim, mas alguns esquecem-se…
A Margarida perguntou:
-    E os carros não te incomodam?
Só quando passam com muita velocidade, que é quase sempre.
Margarida quase sem ouvir a resposta lançou-se para cima da passadeira, mas veio um carro e atropelou-a.
-    Magoei-te muito? Perguntou o condutor do carro.
-    Não, mas poderias ter-me magoado muito, disse a Margarida levantando-se.
Eis que aparecem seis bandas sonoras que vêm a correr e dizem:
-    Oh! Já não chegámos a tempo…
E a Margarida pergunta:
-    Quem são vocês? Tão gordinhas e engraçadas.
-    Não nos conheces? Disse uma das bandas. Nós somos as irmãs sonoras, e se tivéssemos chegado mais cedo, o carro não te tinha atropelado.
-    Não me tinha atropelado?! Interrogou Margarida. Mas como, se ele vinha tão depressa?
Uma das bandas disse:
– É que a nossa função é fazer com que os carros percam um bocadinho de velocidade,
quando passam por cima de nós e param se estiver alguém em cima da nossa colega passadeira.

TRIIIIIM!…
Ao ouvir o trim do despertador, Margarida acordou e viu que tudo não passou de um sonho.
Arranjou-se e foi para a escola.
Quando estava a chegar à escola cumprimentou o sinal de aproximação de escola e ia dizer olá à passadeira quando reparou que antes desta estavam três barras gordinhas que lhe disseram olá.
Margarida muito admirada disse:
-    Vocês?!… Mas… Mas… mas não foi um sonho?
E uma das bandas sonoras explicou:
-    Sim, Margarida. Tu ontem sonhas-te connosco e como ninguém aqui nos coloca, saímos do teu sonho e tomamos a liberdade de vir para a vida real para garantir a segurança dos meninos desta escola.
Margarida preparou-se para atravessar a passadeira, quando viu novamente o carro do seu sonho que desta vez, parou a tempo e piscou-lhe um farol. Margarida, sorridente e segura, atravessou a estrada e foi para a escola.

Prevenção Rodoviária Portuguesa

Clarinha vai para a escola

Mar 16, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Estimulação à leitura e à escrita, Histórias Infantis

À entrada da porta de casa, a mãe de Clarinha chama-a:

Clarinha, já estás pronta? São horas de ir para a escola!

Clarinha apareceu e responde:

Já, mamã!

A mãe, ao pôr-lhe a mochila nas costas vai recomendando:

Tem cuidado ao atravessar a estrada. Respeita os sinais e atravessa sempre na passadeira.

Sim, mamã. Beijinho!

Depois de se despedirem, Clarinha segue para a escola.

No caminho encontra alguns amiguinhos.

Amiguinhos:

Bom dia!
Um dos meninos:

Vamos para a escola. Já está a ficar tarde.

Pois é, vamos!

Um dos meninos:
Vamos já por aqui, é mais perto.

Clarinha:
Não, Não! Temos que atravessar na passadeira.

Um dos meninos:

Mas agora não vem nenhum carro?!

Nisto põe o pé na estrada mas, de repente, passa um carro. O menino tropeça e apanha um grande susto.

Um polícia que estava a observar disse:
Tu viste bem o que fizeste? Podias ter sido atropelado As estradas são um lugar de perigo, não são para brincar.

Clarinha, muito segura de si, intervém:

Nós devemos sempre respeitar os sinais, não é?

Polícia:

Muito bem, Clarinha! Ora venham comigo.

Polícia e meninos dirigem-se para junto da passadeira.

Para atravessar uma estrada devemos parar, olhar com atenção para a esquerda, depois para a direita e se não vier nenhum carro atravessar sem correr, sempre na passadeira.

Sinais luminosos: “Estamos aqui! Estamos aqui!”

Pois estão. Este menino é que não prestou atenção.

Para que servem estes sinais?
Para atravessar, quando o sinal para peões ficar verde!

Polícia: Muito bem! Afinal vocês sabem.

Estou muito contente com estes meninos!

Todos juntos e com ar feliz atravessam na passadeira quando o sinal para peões fica verde e terminam dizendo:

“Os sinais são nossos amigos!

Ajudam-nos a viver em segurança!”

Prevenção Rodoviária Portuguesa

“PASSAGEIROS SEGUROS QUE BONITOS SÃO!“

Vai no carro o Manuel
Com os seus pais viajar,
Num passeio bem planeado
À praia vai passear.
Mas não vai bem sentado,
E o cinto não vai apertado.
Que menino mal comportado,
Cabeça de fora, despenteado.
-    Cuidado…cuidado…
-    Grita bem alto o Manuel.
O pai trava assustado
Com o susto pregado…
Vê um lagarto pintado,
Um bocado apressado
E um caracol descansado, na estrada a passar.
O Manuel atordoado, da cambalhota que deu,
Ouve dizer com razão
E num grande vozeirão:
-    Atenção, meus senhores…Atenção… ( é um polícia amigão)
-    No carro sem cinto, isso é que não!
-    Viram a confusão?
-    Uma travagem…uma paragem…porque não?
-    E tu menino…bateste com o nariz no chão
-    E na mão tens um arranhão.
-    Vejam se aprendem a lição…
-    “Sem cinto isso é que não!”
Este polícia amigão, ao mesmo tempo brincalhão,
Chamou mesmo à atenção.
“Passageiros seguros…
que bonitos são!
Lá vão eles passear
Pela praia e pelo campo,
Cadeirinhas à medida
Bem sentados comportados
E os cintos apertados
E sem mais complicação
Acabou-se a confusão!

Boa viagem!

Ao explorar esta história com as crianças, o Educador de Infância está a contribuir para o desenvolvimento dos seguintes subtemas de Educação Rodoviária para a Educação Pré-Escolar:

•    transporte de crianças nos veículos em cadeiras de segurança
•    Comportamentos adequados e inadequados dos utentes

A Rua Aborrecida

Fev 26, 2009 Autora: Raquel Martins | Colocado em: Conhecimento do Mundo, Estimulação à leitura e à escrita

“A Rua aborrecida”

Era uma vez uma rua que vivia muito aborrecida!
-    Ai! Que aborrecida que estou- dizia ela para si.
-    Nada acontece por aqui. Só os carros passam por mim a grande velocidade!!!
Um dia…a rua começou a sentir um movimento estranho perto de si.
-    Que será que se passa aqui??!!
-    Estou muito curiosa!
Observou, observou, com muita atenção o que se passava à sua volta…até que descobriu!!
-    Já sei !
-    Estão a construir uma casa…uma casa muito grande!
-    E tem um Jardim bem bonito ao seu redor…com baloiços…olha dois escorregas…uns carros feitos de troncos.
-    Espera!- continuava ela.
Já sei! Estão a construir um Jardim de Infância!
-    Era verdade, ali perto daquela rua, estava a ser construído um Jardim de Infância.
-    Uma escola- continuava-mas isso quer dizer que por aqui vão passar muitos meninos…
-    Viva! Viva!…Viva!- disse ela muito feliz.
-    Parece que se acabou o aborrecimento…ver passar por mim a pequenada é uma coisa que muito me agrada…ouvir os seus risos…ver as suas brincadeiras!
-    Pstt!… Pstt!… Ó menino – chamou ela
O João que passava apor ali ouviu chamar. Olhou para todo o lado e não viu ninguém.
A rua continuou:
-    Pstt!…Pstt!…estou aqui debaixo dos teus pés. Não tenhas medo!- disse a rua.
-    Só quero saber se gostas de passar por mim, quando vais para a escola.
-    Sim, gosto muito- disse o João. Mas acho que faltam aqui algumas coisas…
-    Que coisas?
-    Olha! As passadeiras em frente à escola para nós podermos passar em segurança!
-    É verdade…Tenho de enfeitar-me de riscos, para os meninos poderem atravessar-me.
-    Sabes- disse o João.
-    É preciso alargar os passeios e colocar daquelas coisas pra protegerem os meninos que saem da escola…as barreiras de protecção!
-    É preciso também avisar aqueles condutores distraídos, de que aqui perto está uma escola…com aqueles sinais de perigo.
-    Tantas coisas necessárias!
-    Vou já tomar providências…

E assim aconteceu… nada naquela rua faltava para os meninos que iam para aquela escola andarem em segurança.
A rua vivia agora muito feliz e quem nela passava também!
O aborrecimento de outrora acabara, porque agora todos os dias havia um motivo de distracção com toda aquela criançada!
Vitória…Vitória e acabou-se a nossa história!

História elaborada pelo grupo de 5 anos do Jardim de Infância do Centro de Bem estar social da Zona Alta – Torres Novas.

Ao explorar esta história com as crianças, o Educador de Infância está a contribuir para o desenvolvimento dos seguintes subtemas de Educação Rodoviária para a Educação Pré-Escolar:

  • Utilização do passeio como espaço próprio para circulação de peões,
  • Interpretação da forma e cor de alguns sinais de trânsito,
  • Locais mais seguros e sinais para peões para atravessamento,
  • Comportamentos adequados e inadequados dos utentes,
  • Associação da necessidade de regras de trânsito com a sua própria segurança.

Vou –vos contar a história da tia Bia que vivia numa quinta no Alentejo e que tinha muitos animais de quem gostava.

Um belo dia recebeu um convite para ir aos anos do netinho que morava em Lisboa.

O pior é que tia Bia só depois de comprar a prenda para o seu netinho é que viu que não tinha dinheiro que chegasse para arranjar o carro. É que ele já era muito velho e a última vez que tinha ido passear os cintos do carro, por estarem velhos, acabaram por se estragar.

Os animais da quinta tinham todos o cuidado de a avisar pois, gostavam muito da tia Bia e sabiam o quanto era perigoso andar sem cinto de segurança na estrada.

A galinha dizia: -   Tia Bia, tia Bia é muito arriscado, ir passear sem cinto levar!

O porquinho dizia: -  Tia Bia, tia Bia cuidado que para viajar o cinto deve levar!

A abelhinha dizia: -  Tia Bia, tia Bia na estrada vais parar e multa levar e o polícia não te vai desculpar!

O coelho dizia: -  Pobre tia Bia, sem o cinto colocar um acidente  pode ter e então vai ver que mal pode ficar!

A libelinha dizia: -  Nunca se deve ir em viagem sem verificar se tudo está operacional e o mais importante é se o cinto está funcional!

A Pata dizia: -   Tia Bia, tia Bia tu sabes que sem o cinto não deves viajar porque se travares de repente vai  bater no vidro da frente!

A borboleta dizia: -  Ai minha tia Bia! É tão bom viajar em  segurança sem ter de se preocupar e você nem o cinto vai lavar?!

Mas a tia Bia lá foi sem cinto, com muita atenção para o polícia não a multar.

Porém, depois de muito andar, de caras foi dar e o polícia teve de enfrentar.

Polícia – Muito bom dia senhora, onde vai passear?

Tia Bia – Ai senhor polícia aos anos do meu netinho eu vou.

Polícia – E que presente lhe comprou?

Tia Bia – Foi um brinquedo, senhor polícia.

Polícia – Muito bem. Então posso ver os documentos?

Tia Bia – Sim, sim estão aqui.

Polícia – Tudo em ordem! E agora vamos verificar o seu carro. Onde estão os cintos?

Tia Bia – Ai! Senhor polícia eu não tive dinheiro para os mandar colocar.

Polícia – Mas, assim não pode viajar vou ter de a multar.

Tia Bia – Oh! Senhor polícia peço-lhe por tudo que me deixe continuar a minha viagem que eu prometo-lhe que logo que chegue a Lisboa vou direitinha à oficina do meu filho e ele compra-me uns cintos de segurança e eu vou logo colocá-los.

Polícia – Muito bem minha senhora mas, não se esqueça porque, quando regressar, eu  vou aqui estar e levo-a presa por me estar a enganar.
Tia Bia – Não estou nada senhor polícia. Vai ver, eu vou voltar com uns cintos novinhos a brilhar.

A tia Bia despediu-se do senhor polícia e foi pedindo a todas as fadas que existissem para que alguma a ajudasse, pois o seu filho era tão pobre que não ia ter dinheiro para lhe emprestar e sem cintos iria ficar.
De repente a sua fada madrinha apareceu de cintos brilhantes prontos a serem colocados.
Então, com uma magia, tudo ficou no lugar mesmo antes de a Lisboa chegar.
Quando lá chegou a todos a sua história contou e nem queria acreditar que agora o senhor polícia podia enfrentar e sem medo podia viajar.

O seu filho dizia: – Mãe Bia, mãe Bia, ponha o cinto com cuidado não fique com ele encravado ou mal fechado.

O netinho dizia: – Ai minha rica avó Bia, é tão bom viajar em segurança sem sequer ter   de pensar que pode ter de parar quando o polícia avistar, sem se  preocupar, pois os cintos estão no lugar.

Externato “A COLMEIA”
Sobreda da Caparica – Almada

Ao explorar esta história com as crianças, o Educador de infância está  a contribuir para o desenvolvimento dos seguintes subtemas de Educação Rodoviária para a Educação Pré-Escolar:

•    Transporte de crianças nos veículos em cadeiras de segurança
•    Comportamentos adequados e inadequados dos utentes

Prevenção Rodoviária Portuguesa


Archives


Links


Meta

Advertising


Comentários Recentes