Educao de Infancia
Problemática, varia tendo em conta vários aspectos:
Factores que acontecem em todas as sociedades;
Como actividade que é um processo, uma construção;
Poderá ser consequência desse actividade e sendo assim, o seu resultado/efeito;
Também é relação porque permite estabelecer uma ponte permissiva;
Actuação do educador em relação ao educando;
Qualidade de qualquer pessoa que foi educada;
Pode chamar-se também, ao sistema escolar de um país;
Nível de instrução de um povo;
Comportamento segundo certas normas de cidadania;
Transmissão cultural numa sociedade.
Há diferentes dimensões relacionadas com o termo educação e que se prendem com uma dimensão pessoal, social, económica, política, artística, etc.
Cabanas, baseia-se no conceito essencial contestável, (vê a educação como um conceito contestável).
1. tipo valorativo;
2. tem um carácter complexo;
3. varia se as circunstâncias variarem;
4. acredita-se que a discussão do conceito o clarifica;
5. quem o utiliza sabe que existem outras acepções sobre o mesmo.
# Na disciplina de pedagogia:
A educação é um processo, um conjunto de actos educativos dos quais o ser humano consegue atingir níveis superiores da sua existência.
Acreditamos que a educação é uma realidade enti-nómica. (quer dizer que possui pequenas/grandes questões que revelam algumas contradições que as pessoas podem discutir. Exemplo disso, são as questões das posições das famílias permissivas).
” A educação é um acto de amor, por isso, um acto de coragem. Não pode temer o debate. A análise da realidade. Não pode fugir a discussão criadores, sob pena de ser uma farsa. Como aprender a discutir e a debater com uma educação que se impõe?”
Paulo Freire (Educação como prática da liberdade)
(Forma de informar são duas autonomias diferentes)
“A educação tem como finalidade desenvolver no indivíduo toda a perfeição de que este é capaz.”
E. Kant
(atitude preceptora/empreendedora)
“A educação tem sobretudo como objectivo desenvolver a capacidade para as transformações e a adaptação a situações novas.”
Gaston Mialaret
(criatividade, altitude que os alunos têm perante algumas situações)
O aluno deve ser receptor, mas também ser algo mais do que isso, pode ser ideias. Sócrates deixava os seus alunos falar e só depois é que falava e comentava.
Mialaret
Pedagogia, escolhe, explica as acções educativas, o seu objectivo de estudo é uma reflexão sobre a prática para melhorar as práticas.
Investiga, reflecte sobre as finalidades da educação =/= das finalidades educativas
Para explicitar objectivos é propor meios de intervenção meios metodológicos, de organização, assim incidem diferentes pontos:
No aluno;
No papel de educador/professor;
Nos conhecimentos (sabores);
Nos contextos.
ORIENTAÇÕES CURRÍCULARES:
Conjunto de princípios que apoiam o educador nas decisões, em relação às práticas lectivas, de modo que conduza com sucesso todo o processo de ensino – aprendizagem. Não é considerado programa porque não tem um carácter obrigatório vinculativo e também porque a sua situação está mais centrada em indicações do que em propriamente em provisão de resultados a obter.
PRESUPOSTOS DAS ORIENTAÇÕES CURRICULARES:
Desenvolvimento e aprendizagem são factores que não se separam;
Reconhecer a criança como sujeito do processo educativo, (partir sempre dos seus saberes, para acrescentar algo mais, outras aprendizagens);
A construção articulada do saber;
Pedagogia diferenciada, (tem a ver com o facto de cada sujeito ser único e diferente).
( Cap. V e VI – didáctica e educ. infantil)
RESUMO DOS OBJECTIVOS PEDAGÓGICOS DA LEI-QUADRO:
Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança;
Fomentar a inserção da criança em grupos sociais, respeitando uma pluralidade da culturas;
Contribuir para a igualdade de oportunidade e sucesso na aprendizagem;
Estimular o desenvolvimento global da criança, respeitando as suas características individuais;
Desenvolver a expressão e comunicação através de linguagens múltiplas;
Despertar a curiosidade e o pensamento crítico;
Proporcionar bem estar e a segurança;
Despistar inadaptações, deficiências ou precocidades;
Incentivar a participação da família e colaboração da comunidade no processo educativo.
ORIENTAÇÕES CURRICULARES:
Introdução à matemática
Conhecimento do mundo
Expressões
Desenvolvimento pessoal e social
O MÉTODO CIENTÍFICO É BASTANTE IMPORTANTE NAS ORIENTAÇÕES CURRICULARES:
Planificação:
- estruturar
- organizar
– orientar para fins, para determinados propósitos, é também construir uma previsão do processo a seguir.
Segundo Clarcke e Peterson:
Definem a planificação segundo um conjunto de processos psicológicos segundo o qual a pessoa visualiza o futuro, faz um inventário de fins e meios a construir um marco de referência que guie as suas acções.
Muitas de vós está a falar das frutas agora, por isso, talvez esta música vos seja útil. É pequenina e simples, possível de ser cantada pelas crianças em Creche e Jardim de Infância.
A Laranja
O meu pai deu-me uma laranja
Que cheirinho que ela tem
É redonda e amarela
Tenho fome calha bem.
Santo António, Santo António
Que bonito que tu és
Vou-te comprar um majerico
E vou pô-lo a teus pés.
Uma partilha da colega Sónia Martins
O jogo tem um papel muito importante nas áreas de estimulação da pré-escola e é uma das formas mais naturais da criança entrar em contato com a realidade, tendo o jogo simbólico um papel especial.
O jogo é uma característica do comportamento infantil e a criança dedica a maior parte de seu tempo a ele.
O jogo, enquanto actividade espontânea da criança, foi analisado e pesquisado por centenas de estudiosos para melhor compreender o comportamento humano; é um meio privilegiado tanto para o estudo de crianças normais, quanto para aquelas com problemas, haja vista os inúmeros trabalhos psicanalíticos sobre o assunto, como os de Sigmund Freud, R. Waelder, Melanie Klein, Erik Erikson, e ainda, autores como J. Huisinga, Claparéde, Piaget, Vygotsky, Ajuriaguerra, Callois, que escreveram obras sobre o jogo na criança.
Através do jogo a criança:
libera e canaliza suas energias;
tem o poder de transformar uma realidade difícil;
propicia condições de liberação da fantasia;
é uma grande fonte de prazer.
O jogo é, por excelência , integrador, há sempre um carácter de novidade, o que é fundamental para despertar o interesse da criança, e à medida em que joga ela vai se conhecendo melhor, construindo interiormente o seu mundo.
Esta atividade é um dos meios mais propícios à construção do conhecimento. Para exercê-la a criança utiliza seu equipamento sensório-motor, pois o corpo é acionado e o pensamento também, e enquanto é desafiada a desenvolver habilidades operatórias que envolvam a identificação, observação, comparação, análise, síntese e generalização, ela vai conhecendo suas possibilidades e desenvolvendo cada vez mais a autoconfiança. É fundamental, no jogo, que a criança descubra por si mesma, e para tanto o professor deverá oferecer situações desafiadoras que motivem diferentes respostas, estimulando a criatividade e a redescoberta.
O que é o currículo?
O currículo é o projeto que determina os objetivos da educação escolar e propõe um plano de ação adequado para a consecução de ditos objetivos. Supõe selecionar, de tudo aquilo que é possível ensinar, o que vai se ensinar num entorno educativo concreto. O currículo especifica o que, como e quando ensinar e o que como e quando avaliar.
O currículo que estabelecem as administrações públicas é aberto, flexível e geral, de maneira que é cada centro que adapta essas bases a seu entorno particular.
Para compreender o termo adaptações curriculares é necessário ter umas breves noções dos aspectos básicos do currículo.
Na Espanha, o governo central, quer dizer, o Ministério de Educação, estabelece os ensinos mínimos que se deve ter em conta em todos os centros da Espanha. Em função destes ensinos mínimos, cada uma das
Administrações Educativas competentes, quer dizer, os governos das diferentes Comunidades Autônomas, adaptam esses ensinos gerais, em função de suas necessidades e de sua população. Uma vez que as juntas de educação das diferentes comunidades estabelecem seus currículos, é cada centro o que, em função de suas características concretas, adapta esta normativa, estabelecendo o currículo de seu centro.
Continuando, é o professor o que realiza seu currículo, para seu grupo concreto. Uma vez que o professor desenhou sua programação trimestre ou anual, e se encontra com alunos com necessidades educativas especiais em seu grupo, é quando tem que fazer uma adaptação curricular para esse aluno concreto.
Paus de gelado, tampinhas de garrafa ou materiais elaborados, como o geoplano e o tangran, ajudam os alunos a entender vários conteúdos.
Uma aula sobre perímetro pode começar com um problema do tipo: “Precisamos construir uma floreira retangular para a escola. Temos 20 metros de tela. Quanto deve medir cada lado dela?” Para ajudar os estudantes na tarefa, uma alternativa interessante é recorrer aos chamados materiais concretos. Nesse caso, o mais indicado para eles visualizarem a área da floreira é o geoplano – um quadro de madeira com pinos que formam uma rede quadriculada. Nele, é possível desenhar diferentes figuras geométricas com elásticos coloridos.
Há muitos outros exemplos de materiais concretos, que podem ser divididos em dois tipos. Os não-estruturados – bolas de gude, carretéis, tampinhas de garrafa, palitos de sorvete e outros objetos do cotidiano – não têm função determinada e seu uso depende da criatividade do professor. É comum utilizá-los para trabalhar contagem e conceito de grupos e semelhanças nas séries iniciais. Já os estruturados apresentam idéias matemáticas definidas. Entre eles temos o geoplano, o material dourado, o material Cuisenaire e o tangran.
A maioria dos materiais se adapta a vários conteúdos e objetivos e a turmas de diferentes idades – da Educação Infantil ao final do Ensino Médio. Eles despertam a curiosidade e estimulam a garotada a fazer perguntas, a descobrir semelhanças e diferenças, a criar hipóteses e a chegar às próprias soluções – enfim, a se aventurar pelo mundo da matemática de maneira leve e divertida.
É importante, no entanto, fazer um alerta: não basta abrir uma caixa cheia de pecinhas coloridas e deixar os alunos quebrarem a cabeça sozinhos. “Alguns professores acreditam que o simples fato de usar o material concreto torna suas aulas ‘construtivistas’ e que isso garante a aprendizagem. Muitas vezes o estudante, além de não entender o conteúdo trabalhado, não compreende por que o material está sendo usado”, afirma Maria Sueli Monteiro, consultora de Matemática, de São Paulo. Ao levar o material concreto para a sala de aula, é preciso planejar e se perguntar: ele vai ajudar a classe a avançar em determinado conteúdo?
Sem conhecimento prévio, o material não funciona
Ou seja, a única exigência para a utilização da maioria dos materiais concretos, além do planejamento, é que a turma já tenha um conhecimento mínimo sobre o assunto. Para resolver o problema da floreira que abre este texto – seja no caderno ou com o apoio de um objeto -, o aluno precisa saber o que é um retângulo. Serve como exemplo também o uso do material dourado – composto de diferentes peças que representam unidades, dezenas, centenas e milhar. Se o estudante ainda não compreende o sistema decimal, vê a barra que representa a dezena como algo não muito diferente do cubinho que significa a unidade. O professor precisa apresentar primeiro atividades de composição e decomposição dos números. “Fazer cálculos de compra e venda e propor jogos com dinheiro podem ser maneiras de tornar a peça do material dourado que representa a dezena algo com sentido para o aluno”, explica Maria Sueli.
Recurso eficaz associado a outras atividades
Desde pequena, a criança já constrói hipóteses sobre diversos conceitos matemáticos. Teorias do conhecimento dizem que não há um momento definido em que ela passa do pensamento concreto para o abstrato. “O concreto para ela não significa necessariamente aquilo que se manipula. E manipular um material não é sinônimo de concretude nem garante a construção de significados. Qualquer recurso didático deve servir para que os estudantes aprofundem e ampliem os conhecimentos”, explica Katia Stocco Smole, coordenadora do Mathema, grupo de pesquisa e assessoria matemática, em São Paulo.
Maria Sueli sugere que o registro das atividades com material concreto faça parte do cotidiano das aulas. Os estudantes podem fazer isso na forma de desenhos ou da linguagem matemática. Essa estratégia é importante para você avaliar o trabalho e definir quando deixar o objeto de lado e se ater apenas ao abstrato ou vice-versa. Para o aluno, esse momento serve para organizar as idéias e refletir sobre a atividade realizada.
Pouco conhecido, o geoplano ensina geometria
Miriam Rodrigues Caraça, professora da 3ª série do Colégio Magno, decidiu começar suas aulas de geometria, especificamente sobre área, com o geoplano, material concreto criado na década de 1960 na Inglaterra. Fácil de fazer, ele pode ser utilizado no ensino de geometria plana, frações, simetria e semelhanças, das séries iniciais ao Ensino Médio.
A turma de Miriam já conhecia figuras geométricas desde a Educação Infantil, mas estava na hora de aprofundar os conceitos. “Apresento o material como um jogo. Num primeiro momento, peço para os alunos construírem quadrados e retângulos e explico noções de interior e fronteira de uma figura sem falar ainda em área.” Miriam mostra várias figuras geométricas desenhadas por ela no quadro-negro, que foi todo quadriculado, e pede para a turma transpor para o tabuleiro apenas triângulos.
Aos poucos, ela lança desafios mais complexos para os estudantes resolverem individualmente ou em duplas, como formar um retângulo com 12 pinos (há pelo menos três soluções).
Ao perceber que eles compreenderam os conceitos, a professora passa para a segunda etapa, a construção de figuras como losangos e trapézios, até chegar, no segundo semestre, à medida de perímetro em centímetros e sistema decimal. Para turmas de 5ª a 8ª série, Maria Sueli sugere exercícios mais complexos, como construir no geoplano duas figuras distintas: uma com perímetros diferentes e mesma área e outra com áreas diferentes e mesmo perímetro.
Mas as aulas devem utilizar outros recursos além do material concreto. Problemas dados na apostila do colégio, exercícios no caderno de desenho e um jogo no computador fazem parte do projeto de Miriam. “Nenhuma didática deve estar presa a uma fórmula específica”, afirma Katia.
Como usar bem o material concreto em sala de aula
Planeje seu trabalho. Determine os conteúdos a ser desenvolvidos durante o ano e como eles podem ser aprendidos com o uso de material concreto. Utilize o mesmo material para diferentes funções e em diferentes níveis, dependendo do objetivo. É interessante mostrar essa versatilidade aos estudantes. Permita que a turma explore bem o material antes de iniciar a atividade – o ideal é que cada aluno tenha o seu. Se isso não for possível, forme duplas. Depois explique como ele será usado. Apresente uma situação-problema significativa para o aluno: ele precisa ter estímulo para resolvê-la. Observe as crianças: para perceber o raciocínio de cada uma, ajude-as a pensar sobre o que estão fazendo. Para saber se o estudante está de fato aprendendo, peça o registro das atividades realizadas com o material na forma de desenho ou na linguagem matemática. A turma fica mais agitada e conversa mais que o normal durante esse tipo de atividade. Interprete essa “bagunça saudável” como um momento de troca.
Este texto é uma partilha vinda do Brasil da Colega Lurdes Pimenta.